Cristo é o fim da lei para justiça, mas não o fim da lei.
Em anos recentes, o número de traduções bíblicas disponíveis e paráfrases do texto bíblico, aumentou marcadamente. Algumas são boas, outras, nem tanto. Mas, frequentemente, comparando a linguagem de várias versões diferentes, pode-se obter um melhor entendimento do que a Bíblia diz.
Esta versão particular que irei empregar é chamada a Versão Revisada de Venden! Trata-se de uma paráfrase de Romanos 9:30 – 10:4. “Que diremos, pois? Os gentios, que não trabalharam para produzir frutos, os produziram – e isto é verdade! Mas Israel, que trabalhou duramente para tentar produzir frutos, não conseguiu produzir qualquer fruto que seja. Por quê? Porque tentaram fazê-lo por si mesmos, trabalhando duramente na produção de frutos. Irmãos, o desejo e oração de meu coração e minha oração a Deus por Israel é que possam ser salvos. Pois dou testemunho de que eles se empenharam duramente – mas não para as coisas certas. Pois não entenderam a maneira divina de produzir frutos e assim desenvolveram seu próprio método para tentar produzir frutos e não se submeteram ao modo divino de fazer as coisas. Porque Cristo é o fim do trabalho duro para produzir frutos, para todo aquele que crê.”
Traduzir a Bíblia é tarefa penosa! Tente fazê-lo, às vezes, com algum texto favorito, e veja como se sai!
O que Paulo está descrevendo em Romanos 9 e 10 é a falta de compreensão de Israel quanto à maneira de produzir os frutos de justiça. Eles não compreendiam os métodos de Deus, e assim estabeleceram seus próprios métodos, que não funcionaram. Tinham empreendido grandes esforços. Paulo estava disposto a admiti-lo. Mas o esforço deles terminou em nada, porque era dirigido para a coisa errada.
Dois pensamentos extremos parecem surgir, quando se trata da guarda da lei. O primeiro é: “Se a lei é boa, vamos todos lutar para obedecer-lhe.” O resultado é legalismo, e não obediência genuína.
O segundo extremo é: “Se não temos que lutar para observar a lei, não deve ser necessário guardá-la de modo algum.” O resultado é antinomianismo, e não obediência genuína. Ambos os extremos levam ao mesmo erro, no final de contas.
A justiça que decorre da fé em Cristo, somente traz boas novas – de que a genuína obediência é possível, mas que não vem mediante nossos esforços para produzir obediência. A correta compreensão da experiência de justificação pela fé em Cristo apenas impede tanto o legalismo quanto a ausência de lei.
Mediante um ativo relacionamento e comunhão com o Senhor Jesus, reconhecemos uma apreciação continuamente maior de Seu amor e bondade para conosco. E “logo que tenhamos uma visão correta do amor de Deus, não teremos disposição para dele abusar.” – Mensagens Escolhidas, vol. 1, pág. 312.
Cristo não é o fim da lei; Ele é o fim de nossos inúteis esforços para observá-la. O seguro resultado de um relacionamento de fé com Ele será a genuína observância da lei que procede do coração.
“As boas obras se seguirão como as florações e frutos da fé. A apropriação da justiça de Cristo será manifestada numa vida bem ordenada e na conversação santificada.” – Ellen G. White, Signs of the Times, 5 de setembro de 1892.
A melhor prova de que a pessoa é a favor da lei de Deus é estar ela vivendo num relacionamento de fé com Cristo, de modo que a lei possa ser escrita em seu coração. Se reconhecemos as reivindicações da lei de Deus e a realidade de que não podemos guardar a lei, nossa única alternativa é ir a Cristo em busca de Seu dom de justiça.
Fonte: Justificação pela fé - Morris Vendem