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quinta-feira, 19 de novembro de 2015

Sobre o evangelho de Paulo




A palavra no grego para evangelho é εὐαγγέλιον, transliterado é euaggelion, se diz (ev-an-ğe'-liy-on). O significado da palavra é "Boas Novas".

Em Romanos 1:1-3, Paulo se apresenta como servo e apóstolo de Jesus Cristo, separado para o evangelho de Deus, prometido aos profetas nas sagradas escrituras.

Se te perguntassem, que evangelho Paulo pregava? Você provavelmente responderia, o evangelho da Graça, corretamente responderia, eu também concordo com essa resposta ainda mais lendo gálatas e romanos dois dos livros mais estudados deste apóstolo.  Entretanto aqui está uma questão que esta postagem quer tratar, de onde veio o evangelho pregado por Paulo? de quem era esse evangelho?

Paulo começa o livro de Romanos dizendo que o evangelho que ele está pregando era um evangelho anunciado e prometido pelos profetas do antigo testamento e que esse evangelho é de Jesus (Deus=Jesus). Vamos observar, Paulo diz que o evangelho foi anunciado pelos profetas, que profetas? os do velho testamento é claro, e ele também diz que esse evangelho não é dele e sim de Cristo.


Lemos que Deus "preanunciou o evangelho a Abraão: Em ti serão abençoados todos os povos" (Gál. 3:8). O evangelho pregado nos dias de Paulo era o mesmo ensinado aos israelitas do passado (Ver Heb. 4:2). Moisés escreveu acerca de Cristo e seus escritos contém tanto do evangelho que alguém que não cria no que ele escreveu, não podia crer em Cristo (João 5:46,47). Esse verso de João 5 é revelador, Jesus disse que quem não cria em Moisés não conseguiria crer Nele

O problema é que muitos hoje consideram que o velho testamento foi abolido ou grande parte dele e que o novo testamento é mais importante. Essas opiniões contradizem o que o próprio Jesus disse. A bílbia é uma só VT+NT, não há uma parte menos importante que a outra.

Paulo escrevendo para Timóteo no cap. 3:16 disse: "Toda a Escritura é inspirada por Deus..."  e o que ele tinha em suas mãos? O velho testamento. "DEle todos os profetas dão testemunho de que, por meio de Seu nome, todo o que nEle crê recebe remissão de pecados." (Atos 10:43)

Ai vem a questão, porque muitos acham que a Graça só passou a existir no Novo Testamento? Aqueles que só enxergam a graça no novo testamento ainda não tem a visão de Paulo sobre o assunto e equivocadamente não compreendem realmente o assunto graça. E mesmo assim é o assunto mais usado e defendido por eles. Certamente, as únicas escrituras que Paulo e Jesus tinham era o velho testamento, cabe a nós perceber a graça ali.

Nos argumentos de Paulo sobre a justificação pela fé em Romanos 4, Paulo usa Gênesis 15, ele via a graça em toda a parte nas escrituras. Muitos confundem o seu objetivo nas repreensões que ele faz nos livros de romanos e gálatas sobre justificação pela fé por rejeitarem a bíblia integralmente, de fato nunca houve outra forma de salvação, senão pela graça de Cristo através da fé.

Para finalizar veja o que Lucas diz sobre Paulo em Atos 17:2-3 "Ora, Paulo, segundo o seu costume, foi ter com eles; e por três sábados discutiu com eles as Escrituras expondo e demonstrando que era necessário que o Cristo padecesse e ressuscitasse dentre os mortos; este Jesus que eu vos anuncio, dizia ele, é o Cristo."


Jackson Vilela
Sola Scriptura - Lutero
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quinta-feira, 5 de novembro de 2015

Não há, na lei, poder para a genuína obediência. O Monte Sinai nada vale sem o Monte Calvário.




Não há, na lei, poder para a genuína obediência. O Monte Sinai nada vale sem o Monte Calvário.
A lógica por si só não tem poder. A ciência tem comprovado sem deixar margem a dúvida, um elo indiscutível entre o fumar e o câncer do pulmão. As estatísticas rodoviárias continuam a demonstrar que tomar bebidas alcoólicas e dirigir é extremamente arriscado, não somente para a sua saúde, mas para a dos que estão ao redor. Cheirar cola e cocaína, tomar pílulas ou LSD, ingerir PCP ou “pó-de-anjo”, como se tem provado, destrói o cérebro e ameaça a vida. Contudo, uma grande parcela do público americano continua a usar cigarros, álcool e drogas.
A despeito de relatórios para os consumidores, repetidas vezes, afirmando que a alimentação de restaurantes de refeições rápidas tem pouco valor nutritivo, a indústria desses restaurantes é uma das que mais crescem. Já provamos que a poluição do ar e da água ameaça a própria existência das futuras gerações. Mas continuamos usando e abusando de coisas que causam poluição. Apesar da AIDS e outras doenças sociais, milhões ainda praticam a promiscuidade sexual. O conhecimento não é virtude. A informação não está vencendo. Os fatos não propiciam liberdade. Não há poder na lógica.
Quando Deus deu Sua lei em meio aos trovões do Monte Sinai, o povo de Israel estava convencido de sua lógica e razão. ”Então o povo respondeu à uma: Tudo o que o Senhor falou, faremos. ” Êxodo 19:8.  Estavam admitindo que a lei era justa; mas, tinham ainda que aprender sua função apropriada. Tinham ainda que aprender por dura experiência a verdade expressa nos escritos para nossa igreja: “Ao olharmos para o grande espelho moral do Senhor, Sua lei santa, Seu padrão de caráter, não penseis por um só momento que ela pode purificar-vos.” – Comentários de Ellen G. White, SDA Bible Commentary, vol. 6, pág. 1.070.
Qual foi a resposta de Deus para o povo de Israel? Poderá lê-la em Deuteronômio 5:28-30. “Ouvindo, pois, o Senhor as vossas palavras, quando me faláveis a mim, o Senhor me disse: Eu ouvi as palavras deste povo, que te disseram; em tudo falaram eles bem.” Foi bom que eles reconhecessem que a lei de Deus era valiosa. Mas isso não foi suficiente. o Senhor prosseguiu: “Quem dera que eles tivessem tal coração que Me temessem, e guardassem em todo o tempo todos os Meus mandamentos, para que bem lhes fosse a eles e a seus filhos para sempre.”
Pode-se quase perceber as lágrimas em Sua voz ao fazer esta declaração. Pois o Senhor sabia sobre algo que o povo de Israel ainda tinha que aprender por dura experiência. Ele sabia que não havia poder na lógica. Sabia que ninguém podia obedecer à lei em sua própria força. Mas não podia explicar-lhes o seu erro em palavras que entendessem e aceitassem. Podia apenas deixar que aprendessem do modo difícil. Pode-se quase ouvi-Lo suspirar e vê-Lo menear a cabeça; e Ele conclui no verso 30: “Vai, dize-lhes: Tornai-vos às vossas tendas!”
Muitos pais se admiram quanto a seus filhos errantes. Vez após vez, têm comentado: “Mas eles sabem o que é certo.” E os filhos provavelmente saibam. O dilema humano é que o conhecimento não é suficiente. Não só precisamos realmente saber o que é certo, mas também precisamos saber como praticar o certo de que somos conhecedores. E é exatamente aí que reside o problema, muitas vezes.
Deus viu nossa perplexidade e compreende nossa situação de desamparo. Em Seu grande amor, Ele não parou no Monte Sinai. Proveu outra montanha, o Monte Calvário. Mediante a aceitação da justiça de Cristo em nosso favor, mediante contínuo relacionamento com Ele, o Senhor nos concede aquilo que faltava ao povo de Israel – a lei de Deus escrita em nosso coração. Jesus pode dar-nos o que a lei nunca poderá fazê-lo – força para obedecer, perdão pelos pecados, graça para toda necessidade que tenhamos.
Fonte: Justificação pela Fé - Morris Vendem
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quarta-feira, 4 de novembro de 2015

A justiça que decorre da fé em Cristo



Cristo é o fim da lei para justiça, mas não o fim da lei.
Em anos recentes, o número de traduções bíblicas disponíveis e paráfrases do texto bíblico, aumentou marcadamente. Algumas são boas, outras, nem tanto. Mas, frequentemente, comparando a linguagem de várias versões diferentes, pode-se obter um melhor entendimento do que a Bíblia diz.
Esta versão particular que irei empregar é chamada a Versão Revisada de Venden! Trata-se de uma paráfrase de Romanos 9:30 – 10:4. “Que diremos, pois? Os gentios, que não trabalharam para produzir frutos, os produziram – e isto é verdade! Mas Israel, que trabalhou duramente para tentar produzir frutos, não conseguiu produzir qualquer fruto que seja. Por quê? Porque tentaram fazê-lo por si mesmos, trabalhando duramente na produção de frutos. Irmãos, o desejo e oração de meu coração e minha oração a Deus por Israel é que possam ser salvos. Pois dou testemunho de que eles se empenharam duramente – mas não para as coisas certas. Pois não entenderam a maneira divina de produzir frutos e assim desenvolveram seu próprio método para tentar produzir frutos e não se submeteram ao modo divino de fazer as coisas. Porque Cristo é o fim do trabalho duro para produzir frutos, para todo aquele que crê.”
Traduzir a Bíblia é tarefa penosa! Tente fazê-lo, às vezes, com algum texto favorito, e veja como se sai!
O que Paulo está descrevendo em Romanos 9 e 10 é a falta de compreensão de Israel quanto à maneira de produzir os frutos de justiça. Eles não compreendiam os métodos de Deus, e assim estabeleceram seus próprios métodos, que não funcionaram. Tinham empreendido grandes esforços. Paulo estava disposto a admiti-lo. Mas o esforço deles terminou em nada, porque era dirigido para a coisa errada.
Dois pensamentos extremos parecem surgir, quando se trata da guarda da lei. O primeiro é: “Se a lei é boa, vamos todos lutar para obedecer-lhe.” O resultado é legalismo, e não obediência genuína.
O segundo extremo é: “Se não temos que lutar para observar a lei, não deve ser necessário guardá-la de modo algum.” O resultado é antinomianismo, e não obediência genuína. Ambos os extremos levam ao mesmo erro, no final de contas.
A justiça que decorre da fé em Cristo, somente traz boas novas – de que a genuína obediência é possível, mas que não vem mediante nossos esforços para produzir obediência. A correta compreensão da experiência de justificação pela fé em Cristo apenas impede tanto o legalismo quanto a ausência de lei.
Mediante um ativo relacionamento e comunhão com o Senhor Jesus, reconhecemos uma apreciação continuamente maior de Seu amor e bondade para conosco. E “logo que tenhamos uma visão correta do amor de Deus, não teremos disposição para dele abusar.” – Mensagens Escolhidas, vol. 1, pág. 312.
Cristo não é o fim da lei; Ele é o fim de nossos inúteis esforços para observá-la. O seguro resultado de um relacionamento de fé com Ele será a genuína observância da lei que procede do coração.
“As boas obras se seguirão como as florações e frutos da fé. A apropriação da justiça de Cristo será manifestada numa vida bem ordenada e na conversação santificada.” – Ellen G. White, Signs of the Times, 5 de setembro de 1892.
A melhor prova de que a pessoa é a favor da lei de Deus é estar ela vivendo num relacionamento de fé com Cristo, de modo que a lei possa ser escrita em seu coração. Se reconhecemos as reivindicações da lei de Deus e a realidade de que não podemos guardar a lei, nossa única alternativa é ir a Cristo em busca de Seu dom de justiça.
Fonte: Justificação pela fé - Morris Vendem
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domingo, 1 de novembro de 2015

Quando conhecemos a Deus como é nosso privilégio conhecê-Lo, nossa vida será uma existência de contínua obediência.




Quando conhecemos a Deus como é nosso privilégio conhecê-lo, nossa vida será uma existência de contínua obediência, até os últimos anos de nossa vida.

Viveremos a vida de cristo e poderemos dizer "Vivo não mais eu, mas Cristo vive em mim e a vida que agora vivo, vivo na fé do Filho de Deus que me amou e a si mesmo se entrou para me remir dos meus pecados". 
Um parágrafo do livro O Desejado de Todas as Nações sumaria a questão da obediência. Identifica a obediência genuína: fala-nos de como a obediência genuína pode ser conseguida: “Toda a verdadeira obediência vem do coração. Deste procedia também a de Cristo. E se consentirmos, Ele por tal forma Se identificará com os nossos pensamentos e ideais, dirigirá nosso coração e espírito em tanta conformidade com o Seu querer, que, obedecendo-Lhe, não estaremos senão seguindo nossos próprios impulsos. A vontade, refinada, santificada, encontrará seu mais elevado deleite em fazer o Seu serviço. Quando conhecermos a Deus como nos é dado o privilégio de O conhecer, nossa vida será de contínua obediência. Mediante o apreço do caráter de Cristo, por meio da comunhão com Deus, o pecado se nos tornará aborrecível.” – DTN, pág. 668.

Tornemos a ler com atenção, usando uma sentença de cada vez: “Toda verdadeira obediência procede do coração.” Se isso for verdade, então toda obediência que não procede do coração não é obediência verdadeira, não é assim? Se temos que empenhar-nos duramente para obedecer, indo contra nossos desejos e inclinações, então seja o que for que consigamos produzir, é somente moralidade, nunca obediência.

”Deste procedia também a (obediência) de Cristo.” Cristo é o maior exemplo isolado de justificação pela fé. Ele veio a este mundo não só para morrer por nós, como também para mostrar-nos como viver. Apocalipse 3:21 nos faz a promessa: “Ao vencedor, dar-lhe-ei sentar-se comigo no Meu trono.” Somos convidados a ser vencedores do mesmo modo que Cristo venceu.
“E se consentirmos, Ele por tal forma Se identificará com os nossos pensamentos e ideais, dirigirá nosso coração e espírito em tanta conformidade com o Seu querer, que, obedecendo-Lhe, não estaremos senão seguindo nossos próprios impulsos.” Qual é nossa parte? Consentir. Qual é a parte dEle? Mudar nosso coração e mente, e mesmo nossos impulsos, até nos encontrarmos fazendo Sua vontade natural e espontaneamente.

Você gosta do som de obediência impulsiva? Seria uma boa notícia para você, quando, tendo que tomar uma decisão na vida, descobrir que o seu primeiro impulso estava em harmonia com a vontade de Deus? É viável!
”A vontade, refinada, santificada, encontrará seu mais elevado deleite em fazer o Seu serviço.” Se o serviço de Deus fosse o seu maior deleite, você precisaria esforçar-se para obedecer? Seria a obediência uma tarefa penosa? Ou seria uma tarefa boa, deleitosa?
Agora entra o método, a explicação sobre como tudo isso pode ocorrer em nossa vida. “Quando conhecemos a Deus como nos é dado o privilégio de O conhecer, nossa vida será de contínua obediência.”

Permita-me perguntar-lhe: se não está experimentando obediência contínua ainda, qual é o problema? Precisa tentar mais tenazmente? Precisa tomar mais resoluções? Desenvolver sua força de vontade? Ou precisa empenhar-se mais para conhecer a Deus como é seu privilégio fazê-lo?
Finalmente, “Mediante o apreço do caráter de Cristo, por meio da comunhão com Deus, o pecado se nos tornará aborrecível.”

Você acha o pecado odioso? Ou por vezes acha o pecado atraente? Se acha o pecado atraente em lugar de detestável, o que está errado? Você não obteve ainda uma real apreciação do caráter de Cristo; precisa comungar com Deus.

Quando nos familiarizamos com Deus, conhecendo-O como é nosso privilégio fazê-lo, a obediência será natural, espontânea, e impulsiva! Ao colocarmos nosso esforço deliberado no sentido de comunhão com Ele, a obediência será o resultado inevitável.

Fonte: Justificação pela fé - Morris Vendem
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sábado, 31 de outubro de 2015

A obediência que é somente externa é uma falsa obediência.



A obediência que é somente externa é uma falsa obediência.
As crianças são conhecidas por colocarem para fora tudo quanto pensam, saudando um convidado para o jantar ao dizer: “Minha mãe disse que espera que você não fale sobre sua operação enquanto estamos comendo”, ou pergunta à tia Clara: “Por que os seus dentes são tão tortos?” Nós, mais velhos, encolhemo-nos e tentamos explicar a diferença entre usar tato e ser desonesto! Não é sempre uma distinção fácil.
Com freqüência, os adolescentes se queixam dos hipócritas na igreja. São rápidos em discernir um padrão duplo em seus professores e líderes. Às vezes, suas perguntas podem tornar-nos até mais embaraçados do que as francas observações de uma criança de cinco anos. Mas requerem respostas diretas, e desprezam o fingimento.
Uma expressão que recentemente ouvi de adolescentes foi: “Seja autêntico!” Foi empregada como um desafio à realidade, significando o mesmo que “Você não me pega com essa!”, ou “Você não está falando sério!”
O próprio Deus gosta da realidade! Quando Jesus aqui esteve, foi mais severo com os fariseus do que com qualquer outro tipo de pessoas. Algumas das declarações mais duras na Bíblia, são dirigidas aos hipócritas, como acontece em Apocalipse 3, onde Deus chega ao ponto de dizer que prefere o pecador declarado ao cristão fingido. Ele só não foi tão “polido” ao dizê-lo! “Conheço as tuas obras, que nem és frio nem quente. Quem dera fosses frio, ou quente! Assim, porque és morno, e nem és quente nem frio, estou a ponto de vomitar-te da Minha boca.” Versos 15 e 16.
“Vossa justiça própria causa náuseas ao Senhor Jesus Cristo.” – Comentários de Ellen G. White, SDA Bible Commentary, vol. 7, pág. 963.
Deus insiste quanto à realidade! Ele deseja apenas a oração que procede do coração. Não quer só palavras. Ver O Maior Discurso de Cristo, pág. 86. Deseja somente as dádivas e ofertas que derivam do amor e disposição em dar. Não deseja coisa alguma que seja dada com pesar. Ver II Coríntios 9:7. Quer apenas o serviço de amor. A obediência que vem do coração.
A obediência exterior não é considerada por Deus.
“Há os que professam servir a Deus, ao mesmo tempo que confiam em seus próprios esforços para obedecer à Sua lei, formar um caráter reto e alcançar a salvação. Seu coração não é movido por uma intuição profunda do amor de Cristo, mas procuram cumprir os deveres da vida cristã como uma exigência de Deus a fim e alcançarem o Céu. Semelhante religião nada vale.” – Caminho a Cristo, pág. 43. (Grifo acrescentado).
“O homem que tenta observar os mandamentos de Deus por um senso de obrigação apenas – porque é requerido que assim faça – jamais sentirá o prazer da obediência. Não obedece. Quando, por contrariarem a inclinação humana, os reclamos de Deus são considerados um fardo, podemos saber que a vida não é uma vida cristã. A verdadeira obediência é a expressão de um princípio interior.” – Parábolas de Jesus, pág. 97. (Grifos supridos.)
Aqui deparamos com outro argumento convincente para a obediência ”natural”. Deus não considera as ”boas ações” como obediência, a menos que procedam do coração. Portanto, qualquer moralidade que possamos apresentar sem Ele, todo empenho forçado de nossa parte para fazer o que Deus nos pediu que fizéssemos, sequer conta como obediência.
Deus só reconhece a realidade! Se nossa obediência não vem do interior, não é obediência nenhuma. É isso que Jesus disse em S. Mateus 5, quando nos lembra que o ódio é a base do assassínio, e os pensamentos imorais a base do adultério. Não basta refrear-nos das más ações. O desejo pelo mal, acariciado no coração, é pecado.
Deus nos promete realidade! Ele tem mais para nos oferecer do que toda uma vida de forçar-nos a nós mesmos a fazer o que detestamos e ranger os dentes para deixar de fazer o que realmente apreciamos. Quando Ele vive Sua vida em nós, obedecemos, porque a obediência está em harmonia com nossos próprios desejos. Este é o único tipo de obediência genuína que existe.

Fonte: Justificação pela Fé.
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sexta-feira, 30 de outubro de 2015

Aquele que depende de Deus para ter o poder, não precisa tentar obedecer a duras penas. Ele teria que esforçar-se para não fazê-lo.




Aquele que depende de Deus para ter o poder, não precisa tentar obedecer a duras penas. Ele teria que esforçar-se para não fazê-lo.
Meu irmão e eu éramos companheiros de quarto na faculdade. Isto surpreendeu nossos pais, porque meu irmão e eu tínhamos brigado tanto quando éramos mais novos, que nossos pais às vezes se indagavam se viveríamos o suficiente para tomar-nos adultos – quanto mais para sermos bons amigos! Mas o milagre finalmente aconteceu, e compartilhamos o mesmo quarto por nossa própria decisão.
Um sábado à noite, meu irmão estava inquieto. Estávamos em meio a um inverno – o tipo terrível de inverno que ocorre no sul da Califórnia – cerração! Era uma noite ideal para ficar abrigado, estender os pés sobre a escrivaninha e relaxar com um bom livro.
Mas meu irmão decidira fazer uma caminhada. Na verdade, ele decidira ir até Glendale, a mais de 120 km de distância!
Aquela não era uma decisão racional! Sob circunstâncias normais, a coisa mais caridosa a fazer seria amarrá-lo em algum lugar até que a sanidade mental dele retornasse. Mas meu irmão tinha uma noiva em Glendale. Ele estava apaixonado. E eu sabia sobre sua insanidade! Assim, não só não tentei detê-lo, mas até cheguei ao ponto de considerar suas ações justificáveis!
Temos observado até este ponto nesta seção, que a obediência é um dom. Vimos como a verdadeira obediência parte de dentro para fora, não de fora para dentro. Temos entendido que a genuína obediência é natural e espontânea.
Agora avançaremos um passo além: Se estiver experimentando genuína obediência, teria que esforçar-se para não obedecer, mais do que para obedecer.
Se tiver dificuldades em aceitar esta premissa, lembre-se de meu irmão caminhando para Glendale! Ele era motivado pela força mais poderosa no mundo, a força do amor. A despeito das circunstâncias, a despeito dos obstáculos, a despeito da distância, ter-lhe-ia sido muito mais difícil permanecer em seu dormitório do que caminhar cento e vinte quilômetros. Caminhar para Glendale era fácil, em comparação com ficar sentado com os pés sobre a escrivaninha, lendo um bom livro. Caminhar com a mochila às costas era fácil, em comparação com ficar sob um abrigo. Ir para Glendale era-lhe a coisa natural e espontânea a fazer.
Às vezes as pessoas temem que, quando falamos sobre obediência natural e espontânea, estejamos falando sobre obediência sem esforço. Existe esforço na obediência a Deus? Certamente que sim! Houve esforço envolvido na caminhada do meu irmão até Glendale? Logicamente! Mas a questão crucial é: Onde jaz o esforço maior?
Se lhe é mais difícil obedecer a Deus do que seguir seus próprios impulsos, então você não está ainda experimentando a obediência natural. Se lhe for mais difícil desobedecer, porque seu próprio impulso é obedecer a Deus, então pode saber que Deus está operando em você o querer e o executar segundo o Seu beneplácito.
No Salmo 40:8 Davi descreveu a obediência natural, quando disse: ”Agrada-me fazer a Tua vontade, ó Deus meu; dentro em meu coração está a Tua lei.”
“Olhando para Cristo adquirimos visão mais brilhante e distinta de Deus, e pela contemplação somos transformados. A benignidade e o amor para com nossos semelhantes tornam-se-nos um instinto natural.” – Parábolas de Jesus, pág. 355.
Se é seu instinto natural obedecer, se a lei de Deus está dentro de seu coração e você acha deleite em fazer a Sua vontade, então você teria que tentar mais duramente desobedecer do que obedecer.
Isso não significa que a obediência seja sempre fácil. Nem sempre é fácil seguir seus instintos naturais! Tome o exemplo de uma mãe cuidando de seu filho. Seus instintos naturais a levam a colocar as necessidades da criança acima de suas próprias necessidades. Seus instintos naturais a levarão a trocar as fraldas do bebê, mesmo que, por experiência própria, eu possa assegurar que trocar fraldas nem sempre é uma tarefa agradável! Seus instintos naturais a farão levantar-se durante a noite para alimentar seu bebê e cuidar dele quando estaria muito mais confortável na cama. Cuidar de um bebê seria sempre fácil? Não, mas é a coisa natural para uma mãe ou pai que ama.
Para aquele que é controlado por Deus, a obediência pode não ser sempre fácil. Mas é sempre mais fácil!
Fonte: Justificação pela Fé - Morris Vendem
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quinta-feira, 29 de outubro de 2015

A genuína obediência é natural e espontânea. Ela vem apenas mediante o relacionamento de fé com Cristo.



A genuína obediência é natural e espontânea. Ela vem apenas mediante o relacionamento de fé com Cristo.
Já ouviu falar de uma “contradição de palavras”? Especialistas no idioma têm um termo interessante para isso, mas o que estão ressaltando é o emprego de duas palavras juntas que se contradizem. Um exemplo disso seria “bondade cruel”, ou “bravo covarde”. Às vezes escritores ou oradores podem utilizar tais antíteses para tentar descrever duas emoções ou acontecimentos conflitantes.
Que tal “obediência natural”? Isso lhe soa como uma contradição em palavras? Quando pensa em obediência, pensa em termos de trabalho duro, esforço e luta? E possível que a obediência seja natural?
Uma razão por que a obediência não seria natural é se ela fosse somente exterior, e não interior. Se você deseja fazer algo, mas forçosamente faz outra coisa, então a obediência não será espontânea.
Quanto de nossa assim chamada obediência nos tem forçado a fazer algo que não desejamos? Fazemo-lo enquanto crianças. Nossos pais nos dizem para limpar o quarto, tomar um banho, ou comer espinafre. Mas nós gostamos do quarto do jeito que está. Estamos no estágio de ter alergia por água. Detestamos espinafre. E assim resmungamos e nos queixamos, mas finalmente, de má vontade fazemos o que somos forçados a fazer. E chegamos a imaginar ser isso obediência.
Pode representar extraordinária boa nova descobrir que Deus tem um plano melhor para a obediência do que isso.
Atos dos Apóstolos, págs. 482 e 483 o descreve: “Não podemos pôr por nós mesmos nossos propósitos, desejos e inclinações em harmonia com a vontade divina; mas se estamos dispostos, o Salvador fará isso por nós, ‘destruindo os conselhos, e toda a altivez que se levanta contra o conhecimento de Deus, e levando cativo todo o entendimento à obediência de Cristo’. II Cor. 10:5.”
Se os seus pensamentos e desejos são para o direito, então a coisa natural e espontânea não deveria ser prosseguir praticando ações corretas?
Deus prometeu algumas mudanças emocionantes em nossa forma de pensar, o que resultará em genuína obediência em vez de conformidade exterior. Ele prometeu trazer nossos sentimentos, pensamentos e propósitos em harmonia com Sua vontade. VerCaminho a Cristo, pág. 61. Ele prometeu mudar os gostos e inclinações até que sejam puros e santos. Ver Obreiros Evangélicos, pág. 127. Prometeu que ao olharmos para Jesus, contemplá-Lo, seremos mudados até que a bondade se torne nosso instinto natural. VerParábolas de Jesus, pág. 355. Promete dar-nos, novamente, novos propósitos, e novos motivos. Ver Mensagens aos Jovens, pág. 72.
Pense agora sobre isto por um instante. Se os seus sentimentos, pensamentos, propósitos, gostos, inclinações, desejos, motivos e instintos estiverem em harmonia com a vontade e a mente de Deus, então o que ocorrerá com suas ações? Terá você que esforçar-se duramente para obedecer ou encontrará obediência natural e espontânea?
Observe estes parágrafos: “Se tivermos o amor de Cristo em nossa alma, será consequência natural termos todas as demais graças – alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança.” – Minha Consagração Hoje, pág. 50.
“Os filhos de Deus nunca se esquecem de fazer o bem… As boas obras são espontâneas para eles, pois Deus lhes transformou a natureza por Sua graça.” – Minha Consagração Hoje, pág. 193.
Descrever a obediência como “natural” e “espontânea” não é uma contradição de palavras. É boas novas! O plano de Deus para você é transformá-lo de dentro para fora, de modo que o obedecer-Lhe trar-lhe-á o maior deleite, porque é exatamente o que sente que deve fazer.

Fonte: Justificação pela Fé - Morris Vendem
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quarta-feira, 28 de outubro de 2015

A verdadeira obediência vem de dentro para fora, não de fora para dentro.




A verdadeira obediência vem de dentro para fora, não de fora para dentro.
Quando meu irmão e eu éramos pequenos, nossa mãe confeccionou-nos chapéus de cozinheiros e aventais, e designou-nos tarefas para ajudá-la na cozinha. Um de nossos trabalhos era lavar os pratos, e o fazíamos por turnos. Uma vez meu irmão lavava e eu enxugava; outra vez eu lavava e ele enxugava.
Aqueles pratos estavam excepcionalmente limpos ao tempo em que terminávamos o trabalho, porque nada causava maior alegria ao coração de quem enxugava do que ser capaz de devolver um prato para ser lavado outra vez! Meu irmão me entregava um prato de volta e eu dizia: “Este prato está limpo!” Ele então apontava para alguma mancha insignificante que passara despercebida, e dizia: “Você chama isso de limpo?” E lá ia o prato para a água de sabão outra vez.
Uma coisa eu aprendi, durante o aprendizado na cozinha: Se você faz com que o interior esteja limpo, o exterior também deve estar limpo.
Jesus, certa feita, empregou a mesma analogia para repreender os fariseus. Ele disse: ”Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! porque limpais o exterior do copo e do prato, mas estes por dentro estão cheios de rapina e intemperança. Fariseu cego! limpa primeiro o interior do copo, para que também o seu exterior fique limpo.” S. Mat. 23:25 e 26.
Quando Deus atua no problema do pecado, Ele vai ao cerne da questão – o coração da pessoa! Esta é uma das principais premissas da justificação pela fé. Deus não é dos que põem bandagem sobre o câncer. Ele sabe que quando o coração está certo, tudo o mais se ajustará no lugar.
Nós, seres humanos, impressionamo-nos com a obediência exterior, porque o exterior é tudo quanto podemos ver. Mas Deus olha para o coração, e nenhuma quantidade de polimento externo pode ocultar o pecado que jaz no coração. Portanto, somente a limpeza do coração tem qualquer valor em sua perspectiva.
Um parágrafo clássico sobre este assunto, escrito para nossa igreja algum tempo atrás, aparece, por incrível que pareça, no livro Conselhos Sobre o Regime Alimentar: “O plano de iniciar pelo exterior e procurar operar interiormente, tem sempre falhado e falhará sempre. O plano de Deus para vós é começar na própria sede de todas as dificuldades – o coração – e então do coração hão de jorrar os princípios da justiça; a reforma será tanto externa como interna.” – Pág. 35.
Há uma filosofia no mundo contemporâneo, que você encontra por toda parte. Alega que a maneira de mudar é disfarçar pelo lado de fora por certo período de tempo, e que se continuar mantendo o disfarce por tempo suficiente, a mudança finalmente será interiorizada. Por exemplo, suponhamos que você deteste o seu vizinho. Bem, se você apenas agir de um modo amorável, mais cedo ou mais tarde começará a amá-lo. O mesmo se daria com um casamento em crise: é só como se estivesse novamente apaixonado, e em breve tudo será superado. Se estiver com um problema de peso, apenas aja como se fosse magro, e logo será magro. Se estiver tendo problemas financeiros, apenas aja como um milionário, e quando menos esperar, estará rico!
O pensamento positivo tem estado em voga por muito tempo. Há somente um problema com isso – não funciona! Lúcifer foi o primeiro a tenta-lo; ele dizia para si mesmo: “Serei semelhante ao Altíssimo.” E tentou agir como Deus, mas acabou comportando-se como o diabo! Contudo, quantos cristãos não têm tentado o método dele, esperando agir como Deus, agir como Jesus, comportar-se de maneira amorável. É um beco sem saída.
Por outro lado, se permitir que Deus opere um milagre em seu coração e o transforme no interior, o exterior inevitavelmente refletirá a transformação interior. A mudança interior está disponível. Ela vem mediante o contemplá-Lo e permitir que o Seu Espírito transforme o coração.
Fonte: Justificação pela Fé - Morris Vendem
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segunda-feira, 14 de setembro de 2015

O que é a ira de Deus? - Romanos 1:18




Porque do céu se manifesta a ira de Deus sobre toda impiedade e injustiça dos homens que detêm a verdade em justiça”. Romanos 1:18
A ira de Deus é o desprazer divino quanto ao pecado, resultando no abandono do homem ao julgamento da morte (Romanos 6:23 – “Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna”, e João 3:36 – “Aquele que crê no Filho tem a vida eterna, mas aquele que não crê no Filho não verá a vida, mas a ira de Deus sobre ele permanece”). A ira do infinito Deus não deve ser comparada à paixão humana. “Deus é amor” (1João 4:8) e, embora odeie o pecado, Ele ama o pecador. Entretanto, Deus não força Seu amor sobre aqueles que não desejam receber Sua misericórdia. Portanto, a ira de Deus contra o pecado é exercida pela retirada de Sua presença e poder vivificante daqueles que preferem permanecer no pecado, participando desta forma de seus inevitáveis resultados (Gênesis 6:3 – “Então, disse o Senhor: ‘Não contenderá o Meu Espírito para sempre com o homem’”). Isto é ilustrado pela terrível experiência dos judeus após rejeitarem a Cristo uma vez que permaneceram em sua teimosa impenitência e rejeitaram aos últimos oferecimentos de misericórdia. “Afastou Deus então deles a proteção, retirando o poder com que restringia a Satanás e seus anjos, de maneira que a nação ficou sob o controle do chefe que haviam escolhido” (1).
Quando a ira de Deus contra o pecado recaiu sobre Cristo como nosso Substituto, foi a separação de Seu Pai que Lhe causou tão grande angústia. “Para escapar a essa agonia, não deve exercer Seu poder divino. Como homem, cumpre-Lhe sofrer as consequências do pecado do homem. Como homem, deve suportar a ira divina contra a transgressão” (2). Finalmente, sobre a cruz, “a ira de Deus contra o pecado, a terrível manifestação de Seu desagrado por causa da iniquidade, encheram de consternação a alma de Seu Filho… O afastamento do semblante divino, do Salvador, nessa hora de suprema angústia, penetrou-Lhe o coração com uma dor que nunca poderá ser bem compreendida pelo homem” (3).
Portanto, da forma como Paulo explica em Romanos 1:24, 26 e 28 (“Pelo que também Deus os entregou às concupiscências do seu coração, à imundícia, para desonrarem o seu corpo entre si Pelo que Deus os abandonou às paixões infames. Porque até as suas mulheres mudaram o uso natural, no contrário à natureza , como eles se não importaram de ter conhecimento de Deus, assim Deus os entregou a um sentimento perverso, para fazerem coisas que não convém”), Deus manifesta Sua ira permitindo que as consequências inevitáveis da rebelião de homens impenitentes voltem sobre eles próprios. Esta resistência persistente ao amor e misericórdia divinos culmina na final revelação da ira de Deus naquele dia em que o Espírito é retirado definitivamente. Desabrigado da divina graça, o ímpio não tem proteção contra o maligno. “Ao cessarem os anjos de Deus de conter os ventos impetuosos das paixões humanas, ficarão às soltas todos os elementos de contenda” (4). Então virá fogo do céu enviado por Deus, e pecado e pecadores serão destruídos para sempre (Apocalipse 20:9 – “E subiram sobre a largura da terra e cercaram o arraial dos santos e a cidade amada; mas desceu fogo do céu e os devorou”; Malaquias 4:1 – “Porque eis que aquele dia vem ardendo como forno; todos os soberbos e todos os que cometem impiedade serão como a palha; e o dia que está para vir os abrasará, diz o Senhor dos Exércitos, de sorte que lhes não deixará nem raiz nem ramo”; 2Pedro 3:10 – “Mas o Dia do Senhor virá como ladrão de noite, no qual os céus passarão com grande estrondo, e os elementos, ardendo, se desfarão, e a terra e as obras que nela há se queimarão”).
Porém, mesmo esta final demonstração da ira de Deus na destruição dos ímpios “não é um ato de poder arbitrário da parte de Deus. Os que Lhe rejeitavam a misericórdia ceifarão aquilo que semearam. Deus é a fonte da vida; e quando alguém escolhe o serviço do pecado, separa-se de Deus, desligando-se assim da vida. Ele está ‘separado da vida de Deus’ (Efésios 4:18). Cristo diz: ‘Todos os que Me aborrecem amam a morte’ (Provérbios 8:36). Deus lhe dá existência por algum tempo, a fim de poderem desenvolver seu caráter e revelar seus princípios. Feito isso, receberão os resultados de sua própria escolha. Por uma vida de rebelião, Satanás e todos quantos a ele se unem colocam-se em tanta desarmonia com Deus, que Sua própria presença lhes é um fogo consumidor. A glória dAquele que é amor os destruirá” (5). “O poder e autoridade do governo divino serão empregados para abater a rebelião; contudo, todas as manifestações de justiça retribuidora serão perfeitamente coerentes com o caráter de Deus, como um ser misericordioso, longânimo e benévolo” (6).
Fonte: Comentário Bíblico Adventista
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quarta-feira, 17 de junho de 2015

Sua Graça - A Mulher com fluxo de Sangue

E certa mulher, que tinha uma hemorragia havia doze anos [e gastara com os médicos todos os seus haveres] e por ninguém pudera ser curada, chegando-se por detrás, tocou-lhe a orla do manto, e imediatamente cessou a sua hemorragia. Lucas 8:43-44
Cristo estava a caminho para a casa de Jairo, o rabino judeu que Lhe rogara que fosse e curasse sua filha. Avançavam lentamente, pois a multidão apertava a Cristo de todos os lados. Ao abrir caminho por entre a turba, o Salvador aproximou-Se do lugar em que se achava a enferma.
Em seu coração dizia: "Se eu tão-somente tocar a Sua veste, ficarei sã." Mat. 9:21.
Cristo sabia todos os seus pensamentos, e dirigia os passos em direção a ela. Compreendia-lhe a grande necessidade, e estava-a ajudando a exercer fé.
Ao Ele passar, a mulher se adiantou e conseguiu tocar-lhe de leve na orla do vestido. No mesmo momento, percebeu que estava curada. Naquele único toque concentrara a fé de sua vida, e instantaneamente desapareceram-lhe a dor e a fraqueza. Sentiu no mesmo instante a comoção como de uma corrente elétrica que lhe perpassasse pelas fibras do ser. Sobreveio-lhe uma sensação de perfeita saúde. "Sentiu no seu corpo estar já curada daquele mal." Mar. 5:29.
Aos curiosos da turba que se comprimia em volta de Jesus, não havia sido comunicado nenhum poder vital. Mas a sofredora mulher que Lhe tocara com fé recebera cura. Assim nas coisas espirituais difere o contato casual do toque da fé. Crer em Cristo meramente como o Salvador do mundo jamais trará cura à alma. A fé que é para salvação não é um simples assentimento à verdade do evangelho. Fé verdadeira é a que recebe a Cristo como Salvador pessoal. Deus deu Seu Filho unigênito, para que eu, crendo nEle, "não pereça, mas tenha a vida eterna". João 3:16. Quando me aproximo de Cristo, segundo a Sua palavra, cumpre-me acreditar que recebo Sua graça salvadora. A vida que agora vivo, devo viver "na fé do Filho de Deus, o qual me amou e Se entregou a Si mesmo por mim". Gál. 2:20.
Muitos têm a fé como uma opinião. A fé salvadora é um acordo pelo qual os que recebem a Cristo se unem em concerto com Deus. Uma fé viva quer dizer aumento de vigor, segura confiança, pela qual, mediante a graça de Cristo, a alma se torna um poder vitorioso.
A fé é um conquistador mais poderoso do que a morte. Se o doente puder ser levado a fixar com fé os olhos no poderoso Médico, veremos maravilhosos resultados. Ela trará vida ao corpo e à alma.
Ao trabalhar em favor das vítimas de maus hábitos, em lugar de lhes apontar o desespero e a ruína para os quais se precipitam, fazei-os volver os olhos a Jesus. Fazei-os fixá-los nas glórias do celestial. Isso fará mais pela salvação do corpo
e da alma do que farão todos os terrores da sepultura quando postos diante dos destituídos de força e, aparentemente, de esperanças.

Fonte: Ciência do bom Viver
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quinta-feira, 14 de maio de 2015

Tente entender. As coisas muitas vezes vão pior quando oramos, até que aprendemos a buscar a Jesus por causa dEle, não por nossa causa


Certa vez um estudante me contou: “Desisti de ser cristão duas semanas atrás, e desde então ainda não pequei!” Por outro lado, muitos que se dispõem a começar a buscar um relacionamento pessoal com Deus descobrem que tudo sai errado.
“Muitos que sinceramente consagram a vida ao serviço de Deus ficam surpresos e desiludidos ao encontrar-se, como nunca, rodeados de obstáculos e assediados por provas e perplexidades. Oram para que seu caráter se assemelhe ao de Cristo e se tornem aptos para a obra do Senhor, e contudo são postos em circunstâncias que parecem provocar toda a malícia de sua natureza. São-lhes reveladas faltas, de cuja existência jamais haviam suspeitado. Como o Israel de outrora, perguntam: ‘Se Deus nos conduz, por que nos sucedem todas estas coisas?’ ” – A Ciência do Bom Viver, pág. 470.
Às vezes é difícil aceitar a resposta inspirada oferecida no mesmo contexto, segundo a qual: “É justamente porque Deus os conduz que estas coisas lhes sucedem. As provas e obstáculos são os métodos de disciplina escolhidos pelo Senhor e as condições de bom êxito que nos apresenta.” – Idem, pág. 471.
A história de Jó é bastante estranha. Ali estava um homem que era perfeito. Deus disse que ele era perfeito. Ele disse a Satanás: “Observaste a Meu servo Jó? Porque ninguém há na terra semelhante a ele, homem Integro e reto, temente a Deus, e que se desvia do mal.” Jó 1:8.
Contudo, Deus deu ao diabo permissão para atacar a Jó, mesmo sendo Jó perfeito. E da noite para o dia o pobre Jó viu-se deparando com mais problemas do que a maior parte das pessoas enfrenta durante toda a vida. Sua riqueza desapareceu, consumiu-se sua saúde, seus filhos sumiram. E mais ainda, ele perdeu o respeito da esposa, sua reputação na comunidade e a confiança dos amigos.
Qual era a acusação do diabo contra Deus nesse cenário? Ele acusava a Deus de injustiça ao proteger Jó. Acusava a Deus de ser o tipo de Ser que subornava Suas criaturas para que O amassem. Dizia, em essência: “Jó O serve somente por aquilo que consegue extrair de Sua parte.”
Mas Deus sabia melhor! Ele sabia o que motivava a vida de Jó. E assim, colocou Sua reputação em jogo, perante o Universo, na pessoa de Seu servo Jó. Ele disse ao demônio: ”Vá em frente, e tente provar o seu ponto de vista.”
Às vezes há pessoas que fazem objeções à história de Jó, sentindo que Deus estava usando Jó como um peão em Seu jogo com o diabo. Mas não era Jó que estava em julgamento – era Deus! E Jó, que a princípio não só não entendeu o que se passava, mas nunca teve explicado o fato, até onde vai o registro bíblico, vindicou a Deus perante os mundos atentos!
Ninguém admira um mercenário. Podemos compreender os problemas que os ricos ou figuras de destaque da sociedade enfrentam ao formar amizades verdadeiras. Nem sempre é fácil saber quem deseja ser seu amigo como pessoa, ou quem está somente tentando obter alguma vantagem de você.
A cada pessoa que deixa suas fileiras para unir-se ao lado de Deus, o diabo acusa a Deus novamente. Ele diz: ”Este não está indo a Ti porque Te ama. Ele não está aceitando o Teu serviço em gratidão pelo que o Teu Filho fez por ele. Ele deseja a solução dos seus problemas. Almeja a cura de sua úlcera. Aspira à paz mental. Quer escapar dos fogos do juízo.”
Em certo sentido, toda alma que toma uma decisão de aceitar a Cristo reenceta o grande conflito. E o único meio pelo qual Deus pode ser vindicado, o único meio em que pode aceitar nossa decisão por Ele, é dar ao diabo uma oportunidade para tentar convencer-nos contra tal escolha!
Certo estudante me disse: “Se eu tivesse certeza que estou salvo, que meus pecados foram perdoados e que fui aceito por Deus exatamente agora, então eu gostaria que alguém me matasse imediatamente!” / “Por quê?”, perguntei. / “Porque teria medo de estragar tudo!”
Mas Deus não quer que as pessoas vão a Ele somente no momento de extrema aflição, e que mudem de idéia quanto a desejarem pertencer a Ele se já contaram com metade da oportunidade. Ele deseja nossa livre escolha. E a fim de nos conceder completa liberdade de escolha, Ele precisa permitir que o inimigo faça o melhor que puder para tentar fazer-nos mudar de ideia.
Não muitos anos atrás, nos Estados Unidos legislou-se sobre um período de “esfriamento” após a assinatura de qualquer contrato importante. Até mesmo o governo faz concessões para uma segunda opinião e garante o direito de mudarmos de idéia. A decisão que pode perdurar nos tempos difíceis, bem como nos tempos bons, é a única livre escolha que tanto Deus quanto o diabo, podem aceitar.
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terça-feira, 12 de maio de 2015

O principal propósito do estudo da Bíblia não é obter informação, mas conhecer a Jesus


Um grupo de cristãos nas Ilhas dos Mares do Sul desce até a praia cada manhã para olhar para o oriente e ver se Jesus já está voltando. Eles não ouviram dizer que Deus não ressuscitou mais os mortos, como fazia nos tempos bíblicos. Assim, oram e os mortos são ressuscitados.
Um desses cristãos estava tentando obter do chefe da tribo permissão para que sua filha fosse batizada. A filha havia aceitado a Jesus, mas seu pai lhe proibira de unir-se à igreja.
“Se Deus enviar um terremoto amanhã de tarde, às três horas, você permitirá que sua filha seja batizada?” perguntou o cristão ao chefe. / O chefe concordou.
Na tarde seguinte, ás três horas, houve um tremendo terremoto, e o chefe permitiu que a filha se unisse à igreja.
Este obreiro cristão foi entrevistado por alguém aqui nos Estados Unidos, e o entrevistador perguntou-lhe: ”Por que um terremoto? Não poderia ter pedido algo menos espetacular?” / E o cristão das ilhas do Pacifico Sul respondeu: ”Bem, Deus não pode fazer qualquer coisa? Por que não pedir-Lhe alguma coisa grande?”
Achamos engraçada a fé simples desses “selvagens”. Rimo-nos da fé de uma criancinha. Mas também os invejamos. Com toda sofisticação de nosso conhecimento sobre Deus, às vezes confiamos bem menos nEle.
Não estou dizendo que a informação não seja importante. Deus nos tem propiciado muita informação sobre Si próprio. Ele deseja uma fé inteligente. Mas a informação não é suficiente.
O Desejado de Todas as Nações, pág. 455 faz o seguinte comentário: “A percepção e apreço da verdade, disse Ele, depende menos da mente, que do coração. A verdade deve ser recebida na alma; exige a homenagem da vontade. Se a verdade pudesse ser submetida unicamente à razão, o orgulho não serviria de obstáculo à recepção da mesma.”
O diabo tem mais informação sobre Deus do que qualquer um de nós. Contudo, essa informação não foi suficiente para impedi-lo de começar toda a confusão no princípio. Não é suficiente para transformar sua vida hoje. Ele preferiu rebelar-se à plena luz da glória de Deus, com completa informação sobre Deus e Seu caráter. E todas as informações de que era possuidor não foram suficientes para impedir-lhe a queda.
As informações são importantes para a comunicação. Mas não são substitutos para a comunicação.
Às vezes, duas pessoas de culturas diferentes se encontram. Isso se dá freqüentemente durante o tempo de guerra, quando os soldados estão no além-mar. Ocorre com estudantes de países estrangeiros e estudantes missionários. Um moço e uma moça sentem atração um pelo outro e começam um relacionamento. Mas não podem conversar entre si.
Sorriem bastante, andam de mãos dadas e se beijam, e concluem que por ser agradável passar tempo juntos, estão se comunicando. Ele acha que ela é exatamente aquela que estava procurando. Ela julga que ele é a materialização de seus sonhos.
Mas, às vezes, após terem estado juntos por algum tempo, talvez mesmo após se terem casado, descobrem que não têm nada em comum, exceto o sorrir e segurar as mãos e beijar! Suas origens são diferentes, seus gostos divergem, suas idéias sobre o papel de marido e mulher são desiguais, e seus alvos para a vida destoam. E começam os problemas.
A informação e a comunicação precisam andar juntas. Uma das primeiras coisas que acontece quando missionários trazem algum pagão das trevas da idolatria para Cristo é que começam a ensinar-lhes sobre Cristo. Todos, provavelmente, já lemos relatos de pessoas às quais o Espírito Santo trouxe a uma aceitação de Deus antes que o missionário humano as tivesse alcançado. Mas a primeira coisa que geralmente ocorre é que a pessoa é dirigida para a igreja, para a Palavra de Deus, a fim de obter informação sobre Deus, que manterá viva sua fé.
Por outro lado, nos chamados países cultos, a informação sobre Deus tem saturado nossa consciência desde a meninice. Mas temos pequena compreensão sobre comunicação. Podemos falar até a meia-noite sobre detalhes intelectuais e falar sobre Deus cada semana na Escola Sabatina; contudo, nunca tomar tempo para falar com Deus e comunicarmo-nos com Ele pessoalmente.
A Bíblia propicia informação como um trampolim para a comunicação. S. João 17:3 declara: “E a vida eterna é esta: que Te conheçam a Ti.” Conhecer sobre Deus somente terá valor se conduzir ao conhecimento dEle. É o conhecimento dEle que traz vida.
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