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quinta-feira, 19 de novembro de 2015

Sobre o evangelho de Paulo




A palavra no grego para evangelho é εὐαγγέλιον, transliterado é euaggelion, se diz (ev-an-ğe'-liy-on). O significado da palavra é "Boas Novas".

Em Romanos 1:1-3, Paulo se apresenta como servo e apóstolo de Jesus Cristo, separado para o evangelho de Deus, prometido aos profetas nas sagradas escrituras.

Se te perguntassem, que evangelho Paulo pregava? Você provavelmente responderia, o evangelho da Graça, corretamente responderia, eu também concordo com essa resposta ainda mais lendo gálatas e romanos dois dos livros mais estudados deste apóstolo.  Entretanto aqui está uma questão que esta postagem quer tratar, de onde veio o evangelho pregado por Paulo? de quem era esse evangelho?

Paulo começa o livro de Romanos dizendo que o evangelho que ele está pregando era um evangelho anunciado e prometido pelos profetas do antigo testamento e que esse evangelho é de Jesus (Deus=Jesus). Vamos observar, Paulo diz que o evangelho foi anunciado pelos profetas, que profetas? os do velho testamento é claro, e ele também diz que esse evangelho não é dele e sim de Cristo.


Lemos que Deus "preanunciou o evangelho a Abraão: Em ti serão abençoados todos os povos" (Gál. 3:8). O evangelho pregado nos dias de Paulo era o mesmo ensinado aos israelitas do passado (Ver Heb. 4:2). Moisés escreveu acerca de Cristo e seus escritos contém tanto do evangelho que alguém que não cria no que ele escreveu, não podia crer em Cristo (João 5:46,47). Esse verso de João 5 é revelador, Jesus disse que quem não cria em Moisés não conseguiria crer Nele

O problema é que muitos hoje consideram que o velho testamento foi abolido ou grande parte dele e que o novo testamento é mais importante. Essas opiniões contradizem o que o próprio Jesus disse. A bílbia é uma só VT+NT, não há uma parte menos importante que a outra.

Paulo escrevendo para Timóteo no cap. 3:16 disse: "Toda a Escritura é inspirada por Deus..."  e o que ele tinha em suas mãos? O velho testamento. "DEle todos os profetas dão testemunho de que, por meio de Seu nome, todo o que nEle crê recebe remissão de pecados." (Atos 10:43)

Ai vem a questão, porque muitos acham que a Graça só passou a existir no Novo Testamento? Aqueles que só enxergam a graça no novo testamento ainda não tem a visão de Paulo sobre o assunto e equivocadamente não compreendem realmente o assunto graça. E mesmo assim é o assunto mais usado e defendido por eles. Certamente, as únicas escrituras que Paulo e Jesus tinham era o velho testamento, cabe a nós perceber a graça ali.

Nos argumentos de Paulo sobre a justificação pela fé em Romanos 4, Paulo usa Gênesis 15, ele via a graça em toda a parte nas escrituras. Muitos confundem o seu objetivo nas repreensões que ele faz nos livros de romanos e gálatas sobre justificação pela fé por rejeitarem a bíblia integralmente, de fato nunca houve outra forma de salvação, senão pela graça de Cristo através da fé.

Para finalizar veja o que Lucas diz sobre Paulo em Atos 17:2-3 "Ora, Paulo, segundo o seu costume, foi ter com eles; e por três sábados discutiu com eles as Escrituras expondo e demonstrando que era necessário que o Cristo padecesse e ressuscitasse dentre os mortos; este Jesus que eu vos anuncio, dizia ele, é o Cristo."


Jackson Vilela
Sola Scriptura - Lutero
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quinta-feira, 5 de novembro de 2015

Não há, na lei, poder para a genuína obediência. O Monte Sinai nada vale sem o Monte Calvário.




Não há, na lei, poder para a genuína obediência. O Monte Sinai nada vale sem o Monte Calvário.
A lógica por si só não tem poder. A ciência tem comprovado sem deixar margem a dúvida, um elo indiscutível entre o fumar e o câncer do pulmão. As estatísticas rodoviárias continuam a demonstrar que tomar bebidas alcoólicas e dirigir é extremamente arriscado, não somente para a sua saúde, mas para a dos que estão ao redor. Cheirar cola e cocaína, tomar pílulas ou LSD, ingerir PCP ou “pó-de-anjo”, como se tem provado, destrói o cérebro e ameaça a vida. Contudo, uma grande parcela do público americano continua a usar cigarros, álcool e drogas.
A despeito de relatórios para os consumidores, repetidas vezes, afirmando que a alimentação de restaurantes de refeições rápidas tem pouco valor nutritivo, a indústria desses restaurantes é uma das que mais crescem. Já provamos que a poluição do ar e da água ameaça a própria existência das futuras gerações. Mas continuamos usando e abusando de coisas que causam poluição. Apesar da AIDS e outras doenças sociais, milhões ainda praticam a promiscuidade sexual. O conhecimento não é virtude. A informação não está vencendo. Os fatos não propiciam liberdade. Não há poder na lógica.
Quando Deus deu Sua lei em meio aos trovões do Monte Sinai, o povo de Israel estava convencido de sua lógica e razão. ”Então o povo respondeu à uma: Tudo o que o Senhor falou, faremos. ” Êxodo 19:8.  Estavam admitindo que a lei era justa; mas, tinham ainda que aprender sua função apropriada. Tinham ainda que aprender por dura experiência a verdade expressa nos escritos para nossa igreja: “Ao olharmos para o grande espelho moral do Senhor, Sua lei santa, Seu padrão de caráter, não penseis por um só momento que ela pode purificar-vos.” – Comentários de Ellen G. White, SDA Bible Commentary, vol. 6, pág. 1.070.
Qual foi a resposta de Deus para o povo de Israel? Poderá lê-la em Deuteronômio 5:28-30. “Ouvindo, pois, o Senhor as vossas palavras, quando me faláveis a mim, o Senhor me disse: Eu ouvi as palavras deste povo, que te disseram; em tudo falaram eles bem.” Foi bom que eles reconhecessem que a lei de Deus era valiosa. Mas isso não foi suficiente. o Senhor prosseguiu: “Quem dera que eles tivessem tal coração que Me temessem, e guardassem em todo o tempo todos os Meus mandamentos, para que bem lhes fosse a eles e a seus filhos para sempre.”
Pode-se quase perceber as lágrimas em Sua voz ao fazer esta declaração. Pois o Senhor sabia sobre algo que o povo de Israel ainda tinha que aprender por dura experiência. Ele sabia que não havia poder na lógica. Sabia que ninguém podia obedecer à lei em sua própria força. Mas não podia explicar-lhes o seu erro em palavras que entendessem e aceitassem. Podia apenas deixar que aprendessem do modo difícil. Pode-se quase ouvi-Lo suspirar e vê-Lo menear a cabeça; e Ele conclui no verso 30: “Vai, dize-lhes: Tornai-vos às vossas tendas!”
Muitos pais se admiram quanto a seus filhos errantes. Vez após vez, têm comentado: “Mas eles sabem o que é certo.” E os filhos provavelmente saibam. O dilema humano é que o conhecimento não é suficiente. Não só precisamos realmente saber o que é certo, mas também precisamos saber como praticar o certo de que somos conhecedores. E é exatamente aí que reside o problema, muitas vezes.
Deus viu nossa perplexidade e compreende nossa situação de desamparo. Em Seu grande amor, Ele não parou no Monte Sinai. Proveu outra montanha, o Monte Calvário. Mediante a aceitação da justiça de Cristo em nosso favor, mediante contínuo relacionamento com Ele, o Senhor nos concede aquilo que faltava ao povo de Israel – a lei de Deus escrita em nosso coração. Jesus pode dar-nos o que a lei nunca poderá fazê-lo – força para obedecer, perdão pelos pecados, graça para toda necessidade que tenhamos.
Fonte: Justificação pela Fé - Morris Vendem
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quarta-feira, 4 de novembro de 2015

A justiça que decorre da fé em Cristo



Cristo é o fim da lei para justiça, mas não o fim da lei.
Em anos recentes, o número de traduções bíblicas disponíveis e paráfrases do texto bíblico, aumentou marcadamente. Algumas são boas, outras, nem tanto. Mas, frequentemente, comparando a linguagem de várias versões diferentes, pode-se obter um melhor entendimento do que a Bíblia diz.
Esta versão particular que irei empregar é chamada a Versão Revisada de Venden! Trata-se de uma paráfrase de Romanos 9:30 – 10:4. “Que diremos, pois? Os gentios, que não trabalharam para produzir frutos, os produziram – e isto é verdade! Mas Israel, que trabalhou duramente para tentar produzir frutos, não conseguiu produzir qualquer fruto que seja. Por quê? Porque tentaram fazê-lo por si mesmos, trabalhando duramente na produção de frutos. Irmãos, o desejo e oração de meu coração e minha oração a Deus por Israel é que possam ser salvos. Pois dou testemunho de que eles se empenharam duramente – mas não para as coisas certas. Pois não entenderam a maneira divina de produzir frutos e assim desenvolveram seu próprio método para tentar produzir frutos e não se submeteram ao modo divino de fazer as coisas. Porque Cristo é o fim do trabalho duro para produzir frutos, para todo aquele que crê.”
Traduzir a Bíblia é tarefa penosa! Tente fazê-lo, às vezes, com algum texto favorito, e veja como se sai!
O que Paulo está descrevendo em Romanos 9 e 10 é a falta de compreensão de Israel quanto à maneira de produzir os frutos de justiça. Eles não compreendiam os métodos de Deus, e assim estabeleceram seus próprios métodos, que não funcionaram. Tinham empreendido grandes esforços. Paulo estava disposto a admiti-lo. Mas o esforço deles terminou em nada, porque era dirigido para a coisa errada.
Dois pensamentos extremos parecem surgir, quando se trata da guarda da lei. O primeiro é: “Se a lei é boa, vamos todos lutar para obedecer-lhe.” O resultado é legalismo, e não obediência genuína.
O segundo extremo é: “Se não temos que lutar para observar a lei, não deve ser necessário guardá-la de modo algum.” O resultado é antinomianismo, e não obediência genuína. Ambos os extremos levam ao mesmo erro, no final de contas.
A justiça que decorre da fé em Cristo, somente traz boas novas – de que a genuína obediência é possível, mas que não vem mediante nossos esforços para produzir obediência. A correta compreensão da experiência de justificação pela fé em Cristo apenas impede tanto o legalismo quanto a ausência de lei.
Mediante um ativo relacionamento e comunhão com o Senhor Jesus, reconhecemos uma apreciação continuamente maior de Seu amor e bondade para conosco. E “logo que tenhamos uma visão correta do amor de Deus, não teremos disposição para dele abusar.” – Mensagens Escolhidas, vol. 1, pág. 312.
Cristo não é o fim da lei; Ele é o fim de nossos inúteis esforços para observá-la. O seguro resultado de um relacionamento de fé com Ele será a genuína observância da lei que procede do coração.
“As boas obras se seguirão como as florações e frutos da fé. A apropriação da justiça de Cristo será manifestada numa vida bem ordenada e na conversação santificada.” – Ellen G. White, Signs of the Times, 5 de setembro de 1892.
A melhor prova de que a pessoa é a favor da lei de Deus é estar ela vivendo num relacionamento de fé com Cristo, de modo que a lei possa ser escrita em seu coração. Se reconhecemos as reivindicações da lei de Deus e a realidade de que não podemos guardar a lei, nossa única alternativa é ir a Cristo em busca de Seu dom de justiça.
Fonte: Justificação pela fé - Morris Vendem
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sábado, 31 de outubro de 2015

A obediência que é somente externa é uma falsa obediência.



A obediência que é somente externa é uma falsa obediência.
As crianças são conhecidas por colocarem para fora tudo quanto pensam, saudando um convidado para o jantar ao dizer: “Minha mãe disse que espera que você não fale sobre sua operação enquanto estamos comendo”, ou pergunta à tia Clara: “Por que os seus dentes são tão tortos?” Nós, mais velhos, encolhemo-nos e tentamos explicar a diferença entre usar tato e ser desonesto! Não é sempre uma distinção fácil.
Com freqüência, os adolescentes se queixam dos hipócritas na igreja. São rápidos em discernir um padrão duplo em seus professores e líderes. Às vezes, suas perguntas podem tornar-nos até mais embaraçados do que as francas observações de uma criança de cinco anos. Mas requerem respostas diretas, e desprezam o fingimento.
Uma expressão que recentemente ouvi de adolescentes foi: “Seja autêntico!” Foi empregada como um desafio à realidade, significando o mesmo que “Você não me pega com essa!”, ou “Você não está falando sério!”
O próprio Deus gosta da realidade! Quando Jesus aqui esteve, foi mais severo com os fariseus do que com qualquer outro tipo de pessoas. Algumas das declarações mais duras na Bíblia, são dirigidas aos hipócritas, como acontece em Apocalipse 3, onde Deus chega ao ponto de dizer que prefere o pecador declarado ao cristão fingido. Ele só não foi tão “polido” ao dizê-lo! “Conheço as tuas obras, que nem és frio nem quente. Quem dera fosses frio, ou quente! Assim, porque és morno, e nem és quente nem frio, estou a ponto de vomitar-te da Minha boca.” Versos 15 e 16.
“Vossa justiça própria causa náuseas ao Senhor Jesus Cristo.” – Comentários de Ellen G. White, SDA Bible Commentary, vol. 7, pág. 963.
Deus insiste quanto à realidade! Ele deseja apenas a oração que procede do coração. Não quer só palavras. Ver O Maior Discurso de Cristo, pág. 86. Deseja somente as dádivas e ofertas que derivam do amor e disposição em dar. Não deseja coisa alguma que seja dada com pesar. Ver II Coríntios 9:7. Quer apenas o serviço de amor. A obediência que vem do coração.
A obediência exterior não é considerada por Deus.
“Há os que professam servir a Deus, ao mesmo tempo que confiam em seus próprios esforços para obedecer à Sua lei, formar um caráter reto e alcançar a salvação. Seu coração não é movido por uma intuição profunda do amor de Cristo, mas procuram cumprir os deveres da vida cristã como uma exigência de Deus a fim e alcançarem o Céu. Semelhante religião nada vale.” – Caminho a Cristo, pág. 43. (Grifo acrescentado).
“O homem que tenta observar os mandamentos de Deus por um senso de obrigação apenas – porque é requerido que assim faça – jamais sentirá o prazer da obediência. Não obedece. Quando, por contrariarem a inclinação humana, os reclamos de Deus são considerados um fardo, podemos saber que a vida não é uma vida cristã. A verdadeira obediência é a expressão de um princípio interior.” – Parábolas de Jesus, pág. 97. (Grifos supridos.)
Aqui deparamos com outro argumento convincente para a obediência ”natural”. Deus não considera as ”boas ações” como obediência, a menos que procedam do coração. Portanto, qualquer moralidade que possamos apresentar sem Ele, todo empenho forçado de nossa parte para fazer o que Deus nos pediu que fizéssemos, sequer conta como obediência.
Deus só reconhece a realidade! Se nossa obediência não vem do interior, não é obediência nenhuma. É isso que Jesus disse em S. Mateus 5, quando nos lembra que o ódio é a base do assassínio, e os pensamentos imorais a base do adultério. Não basta refrear-nos das más ações. O desejo pelo mal, acariciado no coração, é pecado.
Deus nos promete realidade! Ele tem mais para nos oferecer do que toda uma vida de forçar-nos a nós mesmos a fazer o que detestamos e ranger os dentes para deixar de fazer o que realmente apreciamos. Quando Ele vive Sua vida em nós, obedecemos, porque a obediência está em harmonia com nossos próprios desejos. Este é o único tipo de obediência genuína que existe.

Fonte: Justificação pela Fé.
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sexta-feira, 30 de outubro de 2015

Aquele que depende de Deus para ter o poder, não precisa tentar obedecer a duras penas. Ele teria que esforçar-se para não fazê-lo.




Aquele que depende de Deus para ter o poder, não precisa tentar obedecer a duras penas. Ele teria que esforçar-se para não fazê-lo.
Meu irmão e eu éramos companheiros de quarto na faculdade. Isto surpreendeu nossos pais, porque meu irmão e eu tínhamos brigado tanto quando éramos mais novos, que nossos pais às vezes se indagavam se viveríamos o suficiente para tomar-nos adultos – quanto mais para sermos bons amigos! Mas o milagre finalmente aconteceu, e compartilhamos o mesmo quarto por nossa própria decisão.
Um sábado à noite, meu irmão estava inquieto. Estávamos em meio a um inverno – o tipo terrível de inverno que ocorre no sul da Califórnia – cerração! Era uma noite ideal para ficar abrigado, estender os pés sobre a escrivaninha e relaxar com um bom livro.
Mas meu irmão decidira fazer uma caminhada. Na verdade, ele decidira ir até Glendale, a mais de 120 km de distância!
Aquela não era uma decisão racional! Sob circunstâncias normais, a coisa mais caridosa a fazer seria amarrá-lo em algum lugar até que a sanidade mental dele retornasse. Mas meu irmão tinha uma noiva em Glendale. Ele estava apaixonado. E eu sabia sobre sua insanidade! Assim, não só não tentei detê-lo, mas até cheguei ao ponto de considerar suas ações justificáveis!
Temos observado até este ponto nesta seção, que a obediência é um dom. Vimos como a verdadeira obediência parte de dentro para fora, não de fora para dentro. Temos entendido que a genuína obediência é natural e espontânea.
Agora avançaremos um passo além: Se estiver experimentando genuína obediência, teria que esforçar-se para não obedecer, mais do que para obedecer.
Se tiver dificuldades em aceitar esta premissa, lembre-se de meu irmão caminhando para Glendale! Ele era motivado pela força mais poderosa no mundo, a força do amor. A despeito das circunstâncias, a despeito dos obstáculos, a despeito da distância, ter-lhe-ia sido muito mais difícil permanecer em seu dormitório do que caminhar cento e vinte quilômetros. Caminhar para Glendale era fácil, em comparação com ficar sentado com os pés sobre a escrivaninha, lendo um bom livro. Caminhar com a mochila às costas era fácil, em comparação com ficar sob um abrigo. Ir para Glendale era-lhe a coisa natural e espontânea a fazer.
Às vezes as pessoas temem que, quando falamos sobre obediência natural e espontânea, estejamos falando sobre obediência sem esforço. Existe esforço na obediência a Deus? Certamente que sim! Houve esforço envolvido na caminhada do meu irmão até Glendale? Logicamente! Mas a questão crucial é: Onde jaz o esforço maior?
Se lhe é mais difícil obedecer a Deus do que seguir seus próprios impulsos, então você não está ainda experimentando a obediência natural. Se lhe for mais difícil desobedecer, porque seu próprio impulso é obedecer a Deus, então pode saber que Deus está operando em você o querer e o executar segundo o Seu beneplácito.
No Salmo 40:8 Davi descreveu a obediência natural, quando disse: ”Agrada-me fazer a Tua vontade, ó Deus meu; dentro em meu coração está a Tua lei.”
“Olhando para Cristo adquirimos visão mais brilhante e distinta de Deus, e pela contemplação somos transformados. A benignidade e o amor para com nossos semelhantes tornam-se-nos um instinto natural.” – Parábolas de Jesus, pág. 355.
Se é seu instinto natural obedecer, se a lei de Deus está dentro de seu coração e você acha deleite em fazer a Sua vontade, então você teria que tentar mais duramente desobedecer do que obedecer.
Isso não significa que a obediência seja sempre fácil. Nem sempre é fácil seguir seus instintos naturais! Tome o exemplo de uma mãe cuidando de seu filho. Seus instintos naturais a levam a colocar as necessidades da criança acima de suas próprias necessidades. Seus instintos naturais a levarão a trocar as fraldas do bebê, mesmo que, por experiência própria, eu possa assegurar que trocar fraldas nem sempre é uma tarefa agradável! Seus instintos naturais a farão levantar-se durante a noite para alimentar seu bebê e cuidar dele quando estaria muito mais confortável na cama. Cuidar de um bebê seria sempre fácil? Não, mas é a coisa natural para uma mãe ou pai que ama.
Para aquele que é controlado por Deus, a obediência pode não ser sempre fácil. Mas é sempre mais fácil!
Fonte: Justificação pela Fé - Morris Vendem
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quinta-feira, 29 de outubro de 2015

A genuína obediência é natural e espontânea. Ela vem apenas mediante o relacionamento de fé com Cristo.



A genuína obediência é natural e espontânea. Ela vem apenas mediante o relacionamento de fé com Cristo.
Já ouviu falar de uma “contradição de palavras”? Especialistas no idioma têm um termo interessante para isso, mas o que estão ressaltando é o emprego de duas palavras juntas que se contradizem. Um exemplo disso seria “bondade cruel”, ou “bravo covarde”. Às vezes escritores ou oradores podem utilizar tais antíteses para tentar descrever duas emoções ou acontecimentos conflitantes.
Que tal “obediência natural”? Isso lhe soa como uma contradição em palavras? Quando pensa em obediência, pensa em termos de trabalho duro, esforço e luta? E possível que a obediência seja natural?
Uma razão por que a obediência não seria natural é se ela fosse somente exterior, e não interior. Se você deseja fazer algo, mas forçosamente faz outra coisa, então a obediência não será espontânea.
Quanto de nossa assim chamada obediência nos tem forçado a fazer algo que não desejamos? Fazemo-lo enquanto crianças. Nossos pais nos dizem para limpar o quarto, tomar um banho, ou comer espinafre. Mas nós gostamos do quarto do jeito que está. Estamos no estágio de ter alergia por água. Detestamos espinafre. E assim resmungamos e nos queixamos, mas finalmente, de má vontade fazemos o que somos forçados a fazer. E chegamos a imaginar ser isso obediência.
Pode representar extraordinária boa nova descobrir que Deus tem um plano melhor para a obediência do que isso.
Atos dos Apóstolos, págs. 482 e 483 o descreve: “Não podemos pôr por nós mesmos nossos propósitos, desejos e inclinações em harmonia com a vontade divina; mas se estamos dispostos, o Salvador fará isso por nós, ‘destruindo os conselhos, e toda a altivez que se levanta contra o conhecimento de Deus, e levando cativo todo o entendimento à obediência de Cristo’. II Cor. 10:5.”
Se os seus pensamentos e desejos são para o direito, então a coisa natural e espontânea não deveria ser prosseguir praticando ações corretas?
Deus prometeu algumas mudanças emocionantes em nossa forma de pensar, o que resultará em genuína obediência em vez de conformidade exterior. Ele prometeu trazer nossos sentimentos, pensamentos e propósitos em harmonia com Sua vontade. VerCaminho a Cristo, pág. 61. Ele prometeu mudar os gostos e inclinações até que sejam puros e santos. Ver Obreiros Evangélicos, pág. 127. Prometeu que ao olharmos para Jesus, contemplá-Lo, seremos mudados até que a bondade se torne nosso instinto natural. VerParábolas de Jesus, pág. 355. Promete dar-nos, novamente, novos propósitos, e novos motivos. Ver Mensagens aos Jovens, pág. 72.
Pense agora sobre isto por um instante. Se os seus sentimentos, pensamentos, propósitos, gostos, inclinações, desejos, motivos e instintos estiverem em harmonia com a vontade e a mente de Deus, então o que ocorrerá com suas ações? Terá você que esforçar-se duramente para obedecer ou encontrará obediência natural e espontânea?
Observe estes parágrafos: “Se tivermos o amor de Cristo em nossa alma, será consequência natural termos todas as demais graças – alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança.” – Minha Consagração Hoje, pág. 50.
“Os filhos de Deus nunca se esquecem de fazer o bem… As boas obras são espontâneas para eles, pois Deus lhes transformou a natureza por Sua graça.” – Minha Consagração Hoje, pág. 193.
Descrever a obediência como “natural” e “espontânea” não é uma contradição de palavras. É boas novas! O plano de Deus para você é transformá-lo de dentro para fora, de modo que o obedecer-Lhe trar-lhe-á o maior deleite, porque é exatamente o que sente que deve fazer.

Fonte: Justificação pela Fé - Morris Vendem
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quarta-feira, 29 de abril de 2015

O pecador “tem” ou “não tem” a capacidade para guardar a Lei de Deus?


Para o pecador, era impossível guardar a lei de Deus, que é santa, justa e boa; mas essa impossibilidade foi removida pela atribuição da justiça de Cristo ao arrependido e crenteA vida e a morte de Cristo em favor do ser humano pecaminoso tiveram o objetivo de restaurar o pecador ao favor de Deus, partilhando com ele a justiça que satisfaria as reivindicações da lei e o tornaria aceito pelo Pai.
Mas, é propósito de Satanás anular e perverter o verdadeiro significado do plano da salvação. Por essa razão, ele elaborou a falsidade de que o sacrifício de Cristo na cruz do Calvário teve o propósito de livrar o homem da obrigação de guardar os mandamentos de Deus. Ele tem disseminado no mundo o engano de que Deus aboliu Sua constituição, anulou Seu padrão moral e cancelou Sua perfeita e santa lei. Tivesse Deus feito isso, que terrível prejuízo teria sido feito ao Céu!
Em vez de proclamar a abolição da lei, a cruz do Calvário proclama em tons fortes e elevados seu caráter imutável e eterno. Tivesse a lei sido abolida, a morte de Cristo teria sido desnecessária. A morte de Cristo estabeleceu para sempre a questão da validade da Lei de Jeová. Tendo sofrido a penalidade total por um mundo culpado, Jesus Se tornou o Mediador entre Deus e o homem, para restaurar o ser humano arrependido ao favor de Deus, dando-lhe graça a fim de observar a Lei do Altíssimo. Cristo não veio para destruir a lei nem os profetas, mas para cumpri-la ao pé da letra. A expiação efetuada no Calvário vindicou a Lei de Deus como santa, justa e verdadeira, não apenas diante do mundo caído, mas diante do Céu e de todos os mundos não caídos. Cristo veio para engrandecer a lei e torná-la gloriosa.
Ellen White, “Signs of the Times” – 20/06/1895
“Não há segurança nem repouso nem justificação na transgressão da lei. Não pode o homem esperar colocar-se inocente diante de Deus e em paz com Ele, mediante os méritos de Cristo, se ao mesmo tempo continua em pecado. Tem de deixar de transgredir, e tornar-se leal e verdadeiro. Ao olhar o pecador para o grande espelho moral, vê seus defeitos de caráter. Vê-se a si mesmo tal qual é: maculado, corrupto e condenado. Sabe, porém, ele que a lei não pode, de modo algum, remover a culpa ou perdoar ao transgressor. Tem de ir mais longe que isso. A lei é apenas o aio para levá-lo a Cristo. Tem de ele olhar para seu Salvador, o portador dos pecados. E ao ser-lhe revelado Cristo na cruz do Calvário, morrendo sob o peso dos pecados de todo o mundo, o Espírito Santo lhe mostra a atitude de Deus para com todos os que se arrependem de suas transgressões” (Mensagens Escolhidas, vol. 1, pág. 213 – capítulo 26: “A lei Perfeita”).
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terça-feira, 28 de abril de 2015

O Objetivo da Lei é Condenar ou Salvar?

O Objetivo da Lei é Condenar ou Salvar?


O apóstolo [Paulo] reconheceu as reivindicações da lei, e não se revoltou contra ela pelo fato de revelar sua verdadeira condição. Reconheceu a imagem apresentada, mas não pediu à lei: “Limpa-me; purifica-me!” Voltou-se ao Calvário. Caiu sobre a Rocha que é Jesus Cristo e se deixou despedaçar. Reconheceu que ninguém é justificado pelas obras da lei, pois o objetivo dela é condenar, não é salvar; não é perdoar, mas convencer. Ela não pode, em nenhum grau, reduzir o rigor de seus requerimentos. Se um deles pudesse ser deixado à parte, toda a lei seria abolida, pois alterar qualquer mandamento para livrar um infrator tornaria inválidos os demais. Há somente uma esperança para o pecador. Acaso, estaria essa esperança nas cerimônias exteriores? Na rigorosa observância dos deveres religiosos? Estaria ela nas penitências ou nas horas dedicadas à meditação e à oração? Acaso, estaria na abnegação? No atendimento aos pobres e na prática de feitos meritórios? Não! Nenhuma dessas coisas trará salvação a uma pessoa. A questão permanece: “Ficaria o Senhor satisfeito com milhares de carneiros, com dez mil ribeiros de azeite? Devo oferecer meu filho mais velho por causa da minha transgressão, o fruto do meu corpo por causa do pecado que eu cometi?” Não; nenhum ser humano pode permanecer diante de Deus por seus próprios méritos. A salvação acontece apenas porque Jesus pagou o débitoO homem nada pode fazer, absolutamente nada, para merecer a salvação. Disse Jesus: “Sem Mim vocês não podem coisa alguma”. Todo mérito pertence ao nosso Redentor. Todas as capacidades humanas vêm somente por meio de Cristo, e nós podemos dizer a respeito do nosso melhor desempenho: “Todas as coisas vêm de Ti e das Tuas mãos Te damos”.
É a graça de Cristo que atrai o ser humano para Ele. Somente nEle há esperança e salvação para o pecador. O ser humano é indigno de qualquer favor de Deus; porém, como Cristo Se torna sua justiça, ele pode pedir e receber, em Seu nome e através de Seus méritos, a graça e o favor de Deus. Jesus levou sobre Si a penalidade da lei, para que pudéssemos ter Sua graça. Mas esse fato não significa subversão da lei. Paulo afirmou: “Anulamos então a lei pela fé? De maneira nenhuma! Ao contrário, confirmamos a lei”. O benefício da graça de Deus sobre o pecador é que ele pode ser conduzido em perfeita harmonia com o governo do Céu. Na cruz, a misericórdia e a verdade se encontraram; a justiça e a paz se beijaram.
Ellen White, “Signs of the Times” – 10/11/1885
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sábado, 28 de março de 2015

A ênfase bíblica sobre a obediência não induz ao legalismo?



"Agora, pois, ó Israel, ouve os estatutos e os juízos que eu vos ensino, para os cumprirdes, para que vivais, e entreis, e possuais a terra que o Senhor, Deus de vossos pais, vos dá.
" Deuteronômio 4:1

A ênfase bíblica vai contra a tendência de nossa natureza humana caída. Muitas vezes, a obediência é considerada como bloqueio à liberdade. Tendemos a associá-la à sujeição a alguém ou alguma lei. Mas na Bíblia a obediência é algo positivo.

1Obediência é escutar/ouvir: A religião bíblica é uma religião do ouvido. É baseada no fato de que Deus fala aos seres humanos por meio de Sua palavra, revelando-lhes Sua pessoa e vontade. Esse discurso divino se encontra na base da obediência humana. Isso explica o fato de que, na Bíblia, o verbo “escutar/ouvir” muitas vezes significa “obedecer” (do hebraico shamá, ouvir, obedecer [Êxodo 24:7; Isaías 42:24]; ’azan, ouvir [Êxodo 15:26]; do grego akouō, ouvir, obedecer [Marcos 9:7]). Não poderíamos falar corretamente sobre obediência sem um discurso divino prévio. Portanto, obediência é diálogo, ou seja, ouvimos Deus falar e espera-se que respondamos. Nossa resposta não é simplesmente a emissão da palavra falada, mas, mais do que isso, deve ser expressa em forma de obediência. A obediência é uma forma de falar com Deus, nosso interlocutor no diálogo.

2A quem devemos ouvir?: Por que temos que obedecer a Deus? Esta é uma pergunta importante. Porém, a principal é: A quem devo obedecer? Por natureza, existimos sob a sujeição de algum poder (Romanos 8:6-8). Somente pela ação do Espírito Santo temos a possibilidade de escolher corretamente (Romanos 8:12-14). Quando o Espírito nos capacita a ouvir a voz divina e respondê-la pela obediência, somos realmente livres. Se a pergunta por que persiste, então precisamos reconhecer duas coisas. Primeira: na teologia bíblica existe apenas uma autoridade final e legalmente estabelecida, ou seja, O Criador e Redentor. Como fonte de nossa vida, Ele nos chama para ouvi-Lo. Segundo, nós nos submetemos a Ele porque Sua vontade para nós, baseada em Sua sabedoria como Criador e Redentor, é sempre boa.
Portanto, é insensatez nos opormos ao que Deus fala. Em obediência a Ele, tornamo-nos o que Ele deseja que sejamos, e aquilo que, no fundo, procuramos ser.

3Obediência ao Plano Cósmico de Deus: Biblicamente falando, há um plano unificado, plano divino para o cosmos (Efésios 1:9, 10; Colossenses 1:19, 20). Tudo no cosmos foi criado por Deus para funcionar segundo Sua palavra: “Mediante a palavra do Senhor foram feitos os céus” (Salmos 33:6). Quando ouvimos a Deus, o cosmos é reconstituído à unidade. Nossa obediência, portanto, é indispensável para que o cosmos seja completamente integrado à unidade da palavra divina. A verdadeira obediência pressupõe inteligência e liberdade.
A natureza é governada pela vontade divina por meio da lei natural. Essa lei funciona no interior dos sistemas da natureza; consequentemente, Deus não fala diretamente com a natureza. Ocasionalmente, Ele fala com a natureza porque o mal danificou o seu papel e o caos parece prevalecer. Tecnicamente falando, isso não é obediência. Mas os seres humanos, criaturas inteligentes, dotados de liberdade, precisam ouvir o Senhor falando com eles, e, Ele espera uma resposta de Seus interlocutores, para que haja o diálogo.
A resposta humana, assim como a submissão da natureza à vontade de Deus, visa essencialmente o mesmo objetivo: Serviço. Cada elemento do cosmos, serve. Apenas as criaturas inteligentes poderiam ter quebrado o ciclo do serviço; e foi o que fizeram. Como resultado houve a desintegração do cosmos e a ridícula preocupação pela autopreservação. A obediência só é possível pela reintegração através de Cristo, pelo propósito original do Senhor para nós. Obediência é serviço.
Essa compreensão de obediência é, em grande medida, baseada em uma visão abrangente da natureza humana. Somos uma unidade indivisível de vida em forma corpórea. O que quer que aconteça em nosso coração quando o Espírito fala conosco, acontece à pessoa inteira. O “sim” de nossos lábios deve ser o “sim” de nossos olhos, ouvidos, boca, mãos e pés. Essa é uma reposta à voz divina que leva o corpo todo à ação. Obediência é privilégio, não legalismo.

Fonte: Angel Manuel Rodríguez, Revista “Adventist World” – novembro 2013
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sexta-feira, 27 de março de 2015

O que significa “A Lei foi o nosso aio/tutor até Cristo”? – Gálatas 3:24



Essa é uma pergunta sobre a “função” da lei. Apresentarei um pequeno resumo sobre a lei em Gálatas e, a seguir, consideraremos duas ilustrações usadas por Paulo, incluindo a mencionada no título.

1A Lei: Falsos mestres da Galácia exigiam que os crentes fossem circuncidados a fim de pertencerem ao povo de Deus. Segundo Paulo, esses ensinamentos eram contrários ao conceito da salvação em Cristo (Gálatas 1:6-9). Ele interpreta essa imposição como uma tentativa de fazer da lei um elemento que contribui com a nossa busca por aceitação divina. Para o apóstolo, Deus nos aceita exclusivamente por meio de Cristo, não pelas obras da lei (Gálatas 2:16). Seu ponto crítico é aparentemente muito claro: A lei não pode dar aquilo de que necessitamos desesperadamente, a saber, vida (Gálatas 3:21), a qual só temos acesso mediante Cristo. Se a lei pode dar vida, então a morte de Cristo foi desnecessária.
O apóstolo até argumenta que em lugar de dar vida, a lei nos sentencia à morte! Ele declara: “Por meio da Lei eu morri para a Lei” (Gálatas 2:19). A lei pode apenas pronunciar maldição contra nós porque seres humanos pecadores não conseguem obedecê-la (Gálatas 3:10; Romanos 8:6-8). Cristo dá vida porque tomou sobre Si a maldição da lei, morrendo em nosso lugar, e nos resgatou dessa maldição mortal (Gálatas 3:13): “Fui crucificado com Cristo. Assim, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim” (Gálatas 2:20). Quando se trata de nossa justificação, a lei não contribui em nada. Em Cristo a sentença de morte da lei contra mim foi executada, e agora desfruto da vida por intermédio dEle.

2A Lei e a Prisão do Pecado: Usando a ilustração da prisão, Paulo pergunta: “Qual era então o propósito da Lei?” (Gálatas 3:19). Então, declara que ela foi dada a Israel “por causa das transgressões”. Embora a frase possa ser interpretada de várias maneiras, a melhor interpretação nesse contexto é de que a lei revela o pecado; ela nos conscientiza de nosso egoísmo, nossa fragilidade (Romanos 3:20), mas não pode resolver o problema.
Para esclarecer, Paulo declara que segundo as Escrituras, o mundo todo está preso “debaixo do pecado” (Gálatas 3:22), estando sob a custódia da lei (Gálatas 3:23; Romanos 11:23). Ele menciona que estamos sob a maldição da lei até a vinda de Cristo. A raça humana foi aprisionada, esperando pela execução da sentença. O único meio de escape dessa prisão é a fé em Cristo. Ele veio, “nascido debaixo da lei” (Gálatas 4:4), entrou na prisão do pecado para resgatar os que estavam “debaixo da lei”, e fazê-los filhos de Deus (Gálatas 4:4). A maldição da lei torna a salvação em Cristo indispensável.

3A Lei como Tutor: A palavra grega traduzida por “tutor” é “paidagogos” (Gálatas 3:24). Ela era comumente usada para distinguir um escravo ou homem livre, contratado para proteger o filho do mestre contra o mal, para instruí-lo nas questões morais e no uso da linguagem, e para aplicar a disciplina sempre que necessário. Quando a criança atingia a idade adulta, o controle do “paidagogos” terminava. O termo combina a ideia de disciplina estrita, submissão e instrução.
Paulo usa essa ilustração para mostrar que antes da vinda de Cristo não tínhamos liberdade e estávamos, como escravos, submissos a um poder sobre o qual não tínhamos
controle. A lei nos instrui e disciplina, mas não tem poder redentor. Embora a ênfase não esteja na lei como algo que conduz à liderança de Cristo, a ideia não é totalmente ausente. O filho ansiava pela idade adulta para desfrutar de liberdade, e para Paulo nossa infância terminou por ocasião da vinda do Messias. Agora a obediência da lei é uma expressão de amor e gratidão (veja Gálatas 5:6, 13, 14, 19-24; Romanos 8:3, 4). Para aqueles que estão em Cristo a função condenatória da lei terminou.

Fonte: Angel Manuel Rodríguez, Revista “Adventist World” – setembro 2013
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domingo, 15 de março de 2015

Por favor amado, isso é transgredir o sábado?



Que mal existe em que Cristo ou seus discípulos cure alguém que está sofrendo com a cegueira ou paralisia ou que sacie a fome em dia de sábado?

Somente uma mente farisaica pode pensar que Jesus estivesse violando o sábado agindo assim.
Jesus disse aos fariseus: ..."é licito fazer o bem no sábado" Mateus 12:12

Paulo falando de Jesus e do Pai disse que Cristo é "... o resplendor da sua glória e a expressa imagem do seu Ser" Hebreus 1:3. Sobre a vinda do Messias está escrito "...Então os olhos dos cegos serão abertos, e os ouvidos dos surdos se desimpedirão. Então o coxo saltará como o cervo, e a língua do mudo cantará de alegria" Isaías 35:5-6  e que Ele traria salvação aos sofredores filhos de Deus "O Espírito do Senhor Deus está sobre mim, porque o Senhor me ungiu para pregar boas-novas aos mansos; enviou-me a restaurar os contritos de coração, a proclamar liberdade aos cativos, e a abertura de prisão aos presos; a apregoar o ano aceitável do Senhor ..." Isaías 61:1-2 e em resposta a João Batista sobre se Jesus era o Messias o Senhor Jesus usou exatamente estas palavras registradas em Mateus 11:5.

Jesus é .."o Caminho, a Verdade e a Vida" João 14:6, ninguém tem melhor compreensão das escrituras que Cristo o Verbo encarnado "E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade; e vimos a sua glória, como a glória do unigênito do Pai" João 1:14. Jesus veio dar vista aos cegos, não somente aos cegos físicos mas principalmente ao cegos espirituais "o povo que estava sentado em trevas viu uma grande luz; sim, aos que estavam sentados na região da sombra da morte, a estes a luz raiou." Mateus 4:16

E o que são essas trevas? a bíblia responde: Doutrinas falsas que cegam os filhos de Deus.
"Para lhes abrires os olhos, e das trevas os converteres à luz, e do poder de Satanás a Deus; a fim de que recebam a remissão dos pecados pela fé em mim. " Atos dos Apóstolos 26:18
O qual nos tirou da potestade das trevas, e nos transportou para o reino do Filho do seu amor" Colossenses 1:13

Essas trevas em grande parte tinham sido criadas pela compreensão estreita e orgulho dos fariseus em relação à lei e ao evangelho. A pompa e a posição social que esses homens usufruíram os cegaram, tornando-os guias cegos "Deixai-os: são condutores cegos: ora, se um cego guiar outro cego, ambos cairão na cova." Mateus 15:14

Jesus não era preso às tradições dos fariseus e dos anciãos, Ele pregava a verdade bíblica com autoridade e no seu verdadeiro sentido. Jesus percebia claramente que os ensinamentos errôneos dos fariseus, invalidavam a lei de Deus para satisfazer doutrinas de homens "E assim invalidastes, pela vossa tradição, o mandamento de Deus" Mateus 15:6 e vendo a maldade desses homens Jesus disse " Hipócritas, bem profetizou Isaías a vosso respeito, dizendo: Este povo honra-me com os seus lábios, mas o seu coração está longe de mim. Mas em vão me adoram, ensinando doutrinas que são preceitos dos homens." Mateus 15:7-9

Os fariseus foram considerados hipócritas por Cristo, porque fingiam ter zelo para com a lei mas buscavam na verdade satisfazer seus próprios desejos, torcendo a interpretação das escrituras para que elas dissessem algo que não diz.

E como os fariseus, muitos líderes religiosos tem ensinado esses erros aos seus fiéis para não perderem sua influencia sobre seus seguidores, condenando o ensino de Cristo e defendendo a tradição da denominação religiosa. À estes seguidores eu exorto, "examinais as escrituras..." João 5:39, conheçam a verdade e sejam libertos do engano desses líderes. João 8:32. São cegos guiando outros cegos. 

Vejam alguns exemplos de uma mente farisaica:

1 -  Marcos 3:1-6 - A Cura do homem da mão mirrada
1 E OUTRA vez entrou na sinagoga, e estava ali um homem que tinha uma das mãos mirradas. 2 E estavam observando-o se curaria no sábado, para o acusarem.
Pergunto, Quem estava observando se Jesus curaria no sábado? Os fariseus!
3 E disse ao homem que tinha a mão mirrada: Levanta-te e vem para o meio. 4 E perguntou-lhes: É lícito no sábado fazer bem, ou fazer mal? Salvar a vida, ou matar? E eles calaram-se. 
Mas Jesus já havia respondido essa pergunta em Mateus 12:12, SIM, É LÍCITO FAZER O BEM NO SÁBADO, fazer o bem não é violar o sábado! Mas veja o que os fariseus fizeram.
5 E, olhando para eles, em redor com indignação, condoendo-se da dureza do seu coração, disse ao homem: Estende a tua mão. E ele a estendeu, e foi-lhe restituída a sua mão, sã como a outra. 6 E, tendo saído os fariseus, tomaram logo conselho com os herodianos contra ele, procurando ver como o matariam. 
Eu entendi bem o verso disse: "Como o matariam"?
Somente uma mente farisaica pode concluir que Jesus estava violando o sábado ao curar este homem. Você concorda com Jesus ou com os fariseus?
2 -  Lucas 13:10-17 - A Cura de uma mulher paralítica.
v.10 E ensinava no sábado, numa das sinagogas.
v.11 E eis que estava ali uma mulher que tinha um espírito de enfermidade, havia já dezoito anos.
v.12-13 E, vendo-a Jesus, chamou-a a si, e disse-lhe: Mulher estás livre da tua enfermidade. E pôs as mãos sobre ela, e logo se endireitou, e glorificava a Deus.
Neste momento o o príncipe da sinagoga (fariseu) repreendeu Jesus porque havia curado a mulher, em resposta Jesus disse:
v.15-16 Hipócrita, no sábado não desprende da manjedoura cada um de vós o seu boi, ou jumento, e não o leva a beber? E não convinha soltar desta prisão, no dia de sábado, esta filha de Abraão, a qual há dezoito anos Satanás tinha presa?
Mais uma vez digo, Somente uma mente farisaica pode concluir que Jesus estava violando o sábado ao curar esta mulher.
3 - João 9:1-16 - A Cura de um cego de Nascença
No v.1 diz que Jesus viu um cego de nascença. Nos versos 6 e 7, que Jesus fez lodo, colocou em seus olhos, foram lavados no tanque de Siloé e que o cego voltou a ver! Isso aconteceu no sábado verso 14.
No verso 16, vem a pérola farisaica "Então, alguns dos fariseus diziam: Este homem não é de Deus, pois não guarda o sábado. Diziam outros: Como pode um homem pecador fazer tais sinais? E havia dissensão entre eles.

Eu pergunto irmão, quem realmente não estava guardando o sábado conforme a bíblia, Jesus ou os fariseus? e você concorda com os fariseus ou com Cristo?
Mas quero lhe mostrar o motivo porque até hoje alguns assumem a posição dos fariseus e ainda acusam Jesus de ter violado o sábado. Os fariseus por orgulho e posição, hoje tentando anular o mandamento para viverem conforme sua vontade.

No verso 28, após perguntarem várias vezes ao ex-cego quem o havia curado tentando de alguma forma dobrar o coitado para não dar honras ao Nome de Jesus, vendo não surtir efeito exclamaram, veja o diálogo.

"v. 27 - Respondeu-lhes (o ex-cego): Já vo-lo disse e não ouvistes; para que o quereis tornar a ouvir? Quereis vós, porventura, fazer-vos também seus discípulos? (Discípulos de Jesus)  verso 28 - Então, o injuriaram e disseram: Discípulo dele sejas tu; nós, porém, somos discípulos de Moisés. "
Tradução "...discípulo dele sejas tú, nos porém somos da religião x,y,z"
Os fariseus sabiam que Cristo estava certo, que todas as obras que Ele fez, foram feitas conforme as escrituras e que ele não estava invalidando o mandamento, eles agiam assim por preconceito religioso, não queriam admitir que o ensinamento de Cristo estava correto, preferiram permanecer no engano e usufruindo dos benefícios terrestres de sua posição, pastores, anciãos, presbíteros, missionários, líderes jovens...
"Somente uma mente farisaica pode concluir que Jesus estava violando ou invalidando o sábado fazendo a vontade do Pai."
Para concluir:
Jesus disse: "Não cuideis que vim destruir a lei ou os profetas; não vim ab-rogar, mas cumprir. Porque em verdade vos digo que, até que o céu e a terra passem, nem um jota ou um til se omitirá da lei sem que tudo seja cumprido." Mateus 5:17-18
A palavra grega traduzida por cumprir no verso 17 é Pleroo - e seu significado é : Dar o verdadeiro sentido, encher, completar, tornar cheio.

Nestas passagens estava Jesus apenas dando o verdadeiro sentido do mandamento e conforme suas palavras não abolindo mas ensinando como devemos guardar o santo dia do Senhor.

Há muitos outros exemplos: Lucas 4:31-36; Lucas 14:1-6; João 5:1-18; João 5:17 compare com João 9:4

Agora me responda: Por favor amado, isso é transgredir o sábado?

Louvado seja o Nome do Senhor Digno de Honra e Glória para todo o Sempre Amém!

Graça e Paz!


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terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

Relacionamento com Cristo II - A vida devocional do cristão não é opcional


A vida devocional do cristão não é opcional. O relacionamento com Deus é a base integral da vida cristã ativa.
Alan jamais pensava em passar da hora de acordar. Havia colocado o despertador para soar às 6:30h como sempre, mas estivera acordado até tarde na noite anterior. E, quando o alarme tocou, despertou apenas o suficiente para apertar o botão de desligar e tomar a cair no sono. Quando finalmente acordou, já eram 7:55h, e sua primeira aula estava a cinco minutos, após sua corrida através do campus.
Agora, por favor não me entenda mal. Alan realmente acreditava na importância de vestir-se pela manhã – e barbear-se, e escovar os dentes, e pentear o cabelo. Mas simplesmente não havia tempo. O professor de sua aula das oito não lhe perdoaria a ausência ou atraso, e, além disso, ele teria um teste naquela manhã. Apesar de detestar ter que fazê-lo, Alan pulou da cama, apanhou seus livros e cadernos e correu para a porta. Escorregou sobre sua carteira exatamente no momento em que soava a sineta.
Você já conheceu um Alan? Passei a maior parte de minha vida numa sala de aulas ou em suas proximidades; os primeiros dezesseis anos como estudante, seguidos de pelo menos dezesseis anos adicionais como professor de meio-período. Já vi milhares de estudantes, e nunca vi um que viesse para a sala de aulas de pijamas! De algum modo, não importa quão ocupados estejam, quão tarde acordem pela manhã ou quão importante seja a aula, eles conseguiram ajustar seus horários de forma a se apresentarem em classe plenamente vestidos!
Contudo, não só estudantes, mas pessoas mais idosas também, alegam repetidas vezes que não conseguem dedicar um tempo regular para a vida devocional com Deus, porque não dispõem de tempo.
Numa convenção médica no Leste, poucos meses antes de redigir este manuscrito, ouvi isso outra vez. A esposa de um médico perguntou, com evidente sinceridade: “Mas que fazer, se a gente não tem tempo?”
Encontramos tempo para nos vestir e nos arrumar todo dia. Encontramos tempo para tomar nossas refeições. Contudo, deixamos de achar tempo para revestir-nos do manto da justiça de Cristo e comer o Pão da Vida. Qual é o problema? É falta de tempo? Não. Cada um de nós tem vinte e quatro horas no dia. Não nos falta tempo; falta-nos motivação.
Quando declaramos que não temos tempo para uma coisa, estamos realmente dizendo que não a consideramos importante. É ainda verdade que você dispõe de tempo para o que julga ser o mais importante. Falta de tempo não é uma escusa para nada, mesmo neste mundo. As coisas para que você tem tempo são aquelas a que você atribui maior valor, e as coisas para que você não dispõe de tempo são as que você julga menos importantes. É tão simples quanto isso.
Jesus indicou isto a Marta, quando hóspede em sua casa em Betânia. Ela não tinha tempo para assentar-se a Seus pés, e não julgava que Maria tivesse tempo também! Não se preocupe com a entrevista pessoal com o Filho de Deus – o fato importante na mente de Marta era ter o jantar pronto sobre a mesa! E Jesus teve que lembrá-la sobre o que era necessário e o que não era. “Marta! Marta! andas inquieta e te preocupas com muitas coisas. Entretanto, pouco é necessário, ou mesmo uma só coisa; Maria, pois, escolheu a boa parte e esta não lhe será tirada.” S. Lucas 10:41 e 42.
Você pensa que é sua condição de membro da igreja que lhe garantirá a salvação? Julga que é seu comportamento moral? Julga que é o “trabalhar para o Senhor”, mesmo se esquecendo do Senhor da obra? Ou crê em S. João 17:3, segundo o que “a vida eterna é esta: que Te conheçam a Ti, o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste”?
É-nos dito que “nosso eterno bem-estar depende do uso que fazemos, durante esta vida, de nosso tempo.” – Testimonies, vol. 5, pág. 375. Entretanto, quantas vezes temos decidido, por nossos atos, que não dispomos de tempo para Deus!
Hoje você é convidado para o relacionamento e comunhão com Jesus – a coisa, acima de todas as outras, para a qual cada um de nós deveria reservar tempo. Se você não tiver tempo para Ele, não tem tempo para viver!
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