Aquele que está a ponto de desposar uma moça, deve parar para considerar com franqueza por que está dando tal passo. Será a esposa a sua ajudadora, sua companheira, sua igual, ou a tratará ele de tal forma que ela não consiga fazer coisa alguma para a glória de Deus? Ele se aventurará a dar rédeas soltas a suas paixões, vendo até que ponto é capaz de sobrecarregar a esposa sem extinguir-lhe a vida, ou considerará ele o significado das palavras: “Tudo que fizerem, em palavras ou ações, façam-no em nome do Senhor Jesus”?— Manuscrito 152, 1899.
Prepare-se, ouça em oração
Capítulo 1—
Fatos e princípios importantes
O desígnio original
de Deus—Deus celebrou o primeiro casamento. Assim esta instituição tem como
seu originador o Criador do Universo. “Venerado... seja o matrimônio” (Hebreus
13:4); foi esta uma das primeiras dádivas de Deus ao homem, e é uma das duas instituições
que, depois da queda, Adão levou consigo para além das portas do Paraíso.
Quando os princípios divinos são reconhecidos e obedecidos nesta relação, o
casamento é uma bênção; preserva a pureza e felicidade do gênero humano, provê
as necessidades sociais do homem, eleva a natureza física, intelectual e moral.
— Patriarcas e Profetas, 46.
Aprovado por Deus hoje* — Não existe pecado inerente ao comer e
beber, casar-se ou dar-se em casamento. Era legal casar nos dias de Noé, assim
como o é hoje, contanto que aquilo que é legal seja conduzido de modo adequado,
e não levado a excessos pecaminosos. — The Review and Herald, 25 de Setembro de
1888.
Em relação ao casamento, eu
diria: Leiam a Palavra de Deus. Mesmo neste tempo, os últimos dias da história
do mundo, o casamento ocorre entre os adventistas do sétimo dia.
Como povo, jamais proibimos o
casamento, exceto nos casos em que existiam razões óbvias para crer que ele
levaria à infelicidade de ambas as partes. Mesmo assim, apenas orientamos e aconselhamos.
— Carta 60, 1900.
Preparação para o céu — Lembrem-se de que o lar da Terra deve ser o
símbolo e o preparo para o do Céu. — A Ciência do Bom Viver, 363.
Deus deseja que o lar seja o
lugar mais feliz da Terra, o próprio símbolo do lar celestial. Assumindo as
responsabilidades do casamento no lar, unindo seus interesses com Jesus Cristo,
descansando em Seus braços e Suas promessas, marido e mulher podem desfrutar felicidade
nesta união que os anjos de Deus louvam. — O Lar Adventista, 102.
União vitalícia — O casamento, união vitalícia, é símbolo da união
entre Cristo e Sua igreja.— Testemunhos para a Igreja 7:46.
Na mente juvenil, o casamento se
acha revestido de romance, e difícil é despojá-lo desse aspecto com que a
imaginação o envolve, e impressionar a mente com o senso das pesadas responsabilidades
compreendidas nos votos matrimoniais. Esses votos ligam os destinos de duas
pessoas com laços que coisa alguma senão a mão da morte deve desatar.
Cada compromisso matrimonial deve
ser cuidadosamente considerado, pois o casamento é um passo que se dá por toda
a vida. Tanto o homem como a mulher devem considerar cuidadosamente se podem
viver um ao lado do outro através de todas as dificuldades da vida enquanto
ambos viverem.— O Lar Adventista, 340. [15]
De um elevado ponto de vista — Aqueles que professam ser cristãos
não devem ingressar na relação matrimonial antes que o assunto tenha, com
oração, sido cuidadosamente considerado de um elevado ponto de vista, para ver
se Deus pode ser glorificado pela união. Devem então os pretendentes considerar
devidamente os resultados de cada privilégio da relação matrimonial, e o
princípio santificado deve ser a base de todas as ações. — The Review and Herald,
19 de Setembro de 1899.
Estudem cuidadosamente para ver
se sua vida matrimonial há de ser feliz, ou desarmoniosa e infeliz. Façam as
perguntas: Esta união me ajudará na escalada para o Céu? Aumentará meu amor a
Deus? E aumentará minha esfera de utilidade nesta vida? Se estas reflexões não
apresentarem nada em contrário, então prossigam, no temor de Deus.— Fundamentos
da Educação Cristã, 104, 105.
Tudo em nome do Senhor Jesus — Aquele que está a ponto de desposar
uma moça, deve parar para considerar com franqueza por que está dando tal
passo. Será a esposa a sua ajudadora, sua companheira, sua igual, ou a tratará
ele de tal forma que ela não consiga fazer coisa alguma para a glória de Deus?
Ele se aventurará a dar rédeas soltas a suas paixões, vendo até que ponto é
capaz de sobrecarregar a esposa sem extinguir-lhe a vida, ou considerará ele o significado
das palavras: “Tudo que fizerem, em palavras ou ações, façam-no em nome do
Senhor Jesus”?— Manuscrito 152, 1899.
Necessidade de cuidadoso preparo — Antes de assumir as responsabilidades
que o casamento envolve, devem os jovens ter a vida prática uma experiência que
os prepare para os deveres e encargos do mesmo. Casamentos precoces não convêm.
Relação tão importante como seja a do casamento, e tão vasta em seus
resultados, não deve ser assumida
precipitadamente, sem suficiente preparo, e antes de se acharem bem
desenvolvidas as faculdades mentais e físicas.—A Ciência do Bom Viver, 358.
Querida Emma,* não há pessoa que
eu poderia abrigar tão ternamente em meu coração quanto você. Ainda assim eu a
aconselho... a... agir cautelosamente, a ponderar cada passo. Você está tomando
decisões que perdurarão. Portanto, não se precipite. Não se deixe envolver
inteiramente por este único assunto, o casamento. — Carta 7, 1869.
Consulta a Deus — As palavras de Cristo devem ser sempre mantidas
na mente: “Pois assim como foi nos dias de Noé, também será a vinda do Filho do
homem. ... Casavam e davam-se em casamento, até ao dia em que Noé entrou na
arca... quando veio o dilúvio e os levou a todos.” Mateus 24:37-39. Hoje
observamos a mesma obsessão no tocante ao casamento. Jovens, e mesmo homens e
mulheres, que devem ser sábios e possuir discernimento, agem no tocante a esta
questão como que enfeitiçados. Parece que um poder satânico se apodera deles. O
assunto todo-absorvente é o namoro e o casamento. São constituídos casamentos
os mais imprudentes. Deus não é consultado. Sentimentos, desejos e paixões
humanos fazem desaparecer tudo o mais diante deles, até que a sorte esteja
lançada. Indescritível miséria é o resultado de tal estado de coisas, e Deus é desonrado.
O leito conjugal não é santificado ou santo. Porventura não ocorrerá uma decidida mudança no tocante a
este importante assunto?—Carta 84, 1888.
*Escrito em
17 de Junho de 1869, a Emma McDearmon, que estava com 21 anos
ao casar-se com o filho de Ellen
White, Edson, no dia do 21° aniversário dele, em 28 de
Julho de 1870. Emma nascera em 16
de Novembro de 1848. O outro filho de Ellen White,
William C. White, estava com 21
anos de idade ao casar-se com Mary Kelsey, que ainda
Unicamente com crentes—A esposa de Ló foi mulher egoísta, irreligiosa,
e sua influência exerceu-se no sentido de separar de Abraão o seu marido. Se
não fosse por causa dela, Ló não teria permanecido em Sodoma, privado do
conselho do patriarca sábio e temente a Deus. A influência de sua esposa e as
relações entretidas naquela ímpia cidade, tê-lo-iam levado a apostatar de Deus,
não fora a instrução fiel que cedo recebera de Abraão. O casamento de Ló e sua
escolha de Sodoma como residência foram os primeiros elos em uma cadeia de
acontecimentos repletos de males para o mundo durante muitas gerações.
Pessoa alguma que tema a Deus,
pode, sem perigo, ligar-se a outra que O não tema. “Andarão dois juntos, se não
estiverem de acordo?” Amós 3:3. A felicidade e prosperidade da relação
matrimonial dependem da unidade dos cônjuges; mas entre o crente e o incrédulo
há uma diferença radical de gostos, inclinações e propósitos. Estão a servir
dois senhores, entre os quais não pode haver acordo. Por mais puros e corretos
que sejam os princípios de um, a influência de um companheiro ou companheira
incrédula terá uma tendência para afastar de Deus. ... Mas o casamento de
cristãos com ímpios é proibido na Bíblia. A instrução do Senhor é: “Não vos
prendais a um jugo desigual com os infiéis.” 2 Coríntios 6:14. — Patriarcas e
Profetas, 174, 175.
Que não sejam formados laços não
santificados entre os filhos de Deus e os amigos do mundo. Que não haja
casamentos entre crentes e descrentes. Tome o povo de Deus uma firme posição em
favor da verdade e da justiça.—The Review and Herald, 31 de Julho de 1894.
Grande cuidado deve ser tomado
pelos jovens cristãos na formação de amizades e na escolha de companheiros.
Estejam atentos, para não ocorrer que aquilo que agora vocês pensam ser ouro
puro venha a revelar-se metal barato. Associações mundanas tendem a colocar obstruções
no caminho do serviço a Deus, e muitos são prejudicados por causa de uniões
infelizes, tanto comerciais quanto conjugais, com aqueles que jamais serão
capazes de elevar ou enobrecer alguém.
O povo de Deus jamais deve
aventurar-se em terreno proibido. O casamento entre crentes e descrentes é
proibido por Deus. Com muita freqüência, entretanto, os corações não
convertidos seguem os próprios desejos, formando-se casamentos não sancionados
por Deus. Em virtude disto, muitos homens e mulheres se encontram sem
“esperança e sem Deus no mundo”. Efésios 2:12. Suas nobres aspirações estão
mortas; por meio de uma cadeia de circunstâncias, encontram-se presos na rede
de Satanás. — The Review and Herald, 1° de Fevereiro de 1906.
Os reclamos de Deus em primeiro lugar —
Mesmo que o companheiro de sua escolha fosse em todos os outros aspectos digno (o
que, porém, ele não é), no entanto, ele não aceitou a verdade para este tempo;
é um descrente, e você está proibida pelo Céu de unir-se a ele. Você não pode,
sem perigo para sua alma, desconsiderar esta ordem divina. ... Unir-se a um
descrente é colocar-se no terreno de Satanás. Você entristece o Espírito de
Deus e perde Sua proteção. Será capaz de suportar tão terríveis desvantagens ao
travar a luta pela vida eterna? Talvez você diga: “Mas dei minha palavra,
deverei agora voltar atrás?” Respondo: Se você fez uma promessa contrária às
Escrituras, por todos os meios retrate-se sem demora, e em humildade perante
Deus arrependa-se da imprudência que a levou a assumir tão precipitadamente um
compromisso. É muito melhor desistir de tal promessa, no temor de Deus, do que
mantê-la e deste modo desonrar a seu Criador. — Testemunhos para a Igreja
5:364, 365.
Em Sua Palavra
o Senhor instruiu claramente Seu povo a não se unir com aqueles que não andam
em Seu amor e temor. Tais companhias dificilmente se sentirão satisfeitas com o
amor e respeito que seriam seu direito. Estarão constantemente procurando obter
do marido ou da esposa temente a Deus, algum favor que envolverá desconsideração
pelos requisitos divinos. Para um homem cristão, e para a igreja à qual ele
pertence, uma esposa ou amiga mundana assemelha-se a um espia no acampamento,
que estará espreitando toda e qualquer oportunidade para trair o servo de
Cristo e expô-lo aos ataques do inimigo. Satanás está procurando constantemente
fortalecer o seu poder sobre o povo de Deus, ao induzi-lo a entrar em aliança
com aqueles que pertencem ao exército das trevas. — Signs of the Times, 6 de Outubro
de 1881.
Fonte: Testemunhos sobre Conduta Sexual, Adultério e Divórcio
Ellen G. White